Chuva derrubou forro, invadiu leitos, danificou equipamentos causando transtornos aos pacientes e servidores em agosto de 2022. Foto: reprodução

Durante um discurso carregado de preocupação com os dados de prematuridade registrados em Roraima, a deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil), alertou durante sessão plenária desta quarta-feira (23), para o crescimento no números desses casos aqui no estado. Um problema de saúde pública. “Mais de 300 mil prematuros nascem anualmente no Brasil e Roraima, onde até outubro deste ano nasceram 756, tem um alto índice de prematuridade. Entre eles, mais de 50% precisaram de UTI ou de algum atendimento neonatal”, informou a parlamentar.

Por fim, a deputada homenageou as mães. “Quero deixar aqui minha homenagem a todas as mães que já sofreram com essa situação e que a gente sirva de consciência e estímulo para que não aconteça esse nascimento prematuro e, se acontecer, tenhamos condições de diminuir esses dados e fornecer um atendimento eficaz e capaz de garantir a saúde dessas crianças”, concluiu.Porém, a deputada aliada do governador Antonio Denarium (PP) não mencionou que hoje o governo de Roraima só possui uma maternidade estadual em Boa Vista, e que funciona de maneira improvisada, coberta por lonas.

O local que abrigou o hospital de campanha durante a covid-19, funciona até hoje de maneira rudimentar, ainda que o Ministério Público de Roraima já tenha cobrado oficialmente o governo pela entrega da reforma do prédio original da maternidade Nossa Senhora de Nazareth, no bairro Aparecida. Na ocasião, o governo informou que iria fazer outra maternidade. Nada mudou até hoje.

Outras ações do MPRR estão em andamento, como a que cobra profissionais, insumos e estrutura adequada para atender às pacientes roraimenses. Diversos incidentes já foram registrados no acampamento hospitalar. Em setembro passado, servidores gravaram um rato dentro das dependências. No mesmo mês, uma chuva fez com que parte do forro cedesse, água invadisse os leitos e as pacientes tiveram que ser retiradas às pressas do local.

Em período de chuvas, o local alaga, causando os mais diversos transtornos aos pacientes e servidores da unidade. O espaço custa aos cofres públicos em torno de R$ 1 milhão por mês, e é administrado pela Secretaria de Saúde do Estado.

Em agosto do ano passado, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. e fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser cerca de R$ 12 milhões. No dia 9 de agosto de 2022, a Sesau renovou o contrato por mais um ano e aumentou o valor para R$ 13 milhões.

Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio da Maternidade. Tanto tempo depois, não há previsão para a conclusão das obras.

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