A Terra Indígena Yanomami (TIY), não registrou, pela primeira vez, alerta de desmatamento no mês de dezembro de 2024. O resultado foi obtido após dois anos do início das atividades do governo federal com ações contra garimpo ilegal. A informação é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, nos últimos meses ocorreu uma redução drástica dos alertas de desmatamento. Ele destaca ainda que a perenidade das ações de fiscalização no território gera um efeito duradouro na redução na abertura de novas áreas dessa atividade ilegal.
“Se compararmos a quantidade total de alerta de desmatamento para garimpos registrados em 2022 e 2024, a redução passa de 90%. Foi possível atacar, de forma certeira, tanto os garimpos já consolidados, que estavam se expandindo, quanto áreas recém-abertas”, disse.
Durante os anos de 2023 e 2024, o Governo Federal realizou 3.536 ações na TIY. Dessas ações, 633 foram operações de fiscalização do Ibama, que resultaram na aplicação de R$ 69,1 milhões em multas referentes a 211 autos de infração.
Confira outras ações realizadas neste período:
- Agentes fizeram 418 apreensões de equipamentos, veículos aéreos e terrestres, combustível e demais suprimentos de garimpo;
- Registraram 320 termos de destruição/inutilização de acampamentos, veículos e maquinários;
- Efetuaram 88 embargos de área, totalizando 566 hectares.
As atividades de obstrução na região ocorreram por meio das ações dos servidores do Ibama e também de outras entidades públicas, com a estratégia de interromper as rotas comerciais e os entrepostos logísticos que abastecem e escoam a produção do garimpo.
Nesse sentido, o Ibama buscou concentrar suas ações em incursões em garimpo, em pistas de pouso clandestinas, fiscalização do comércio e na priorização no julgamento dos processos referentes a infrações ambientais.