A prefeita de São João da Baliza, Luiza Maura (Progressistas), foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 6. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa da gestora, na Secretaria Municipal de Educação e na sede da Prefeitura do município.
O objetivo da ação foi colher evidências de irregularidades cometidas no seletivo para contratação de professores, pessoal de apoio e formação de cadastro reserva.
As investigações do MP iniciaram após denúncia da própria secretária de Educação do município sobre a interferência da prefeita no processo seletivo. Luiza Maura teria determinado que as aprovações passassem por sua análise. Além disso, ela teria alterado as notas originalmente atribuídas pela comissão examinadora, o que resultou na modificação da classificação final dos candidatos.
Diante dos indícios da prática de atos de improbidade administrativa, a operação apreendeu aparelhos telefônicos, vários computadores, notebooks, pendrives, documentos e a quantia de R$ 190 mil em espécie.
Em nota, a prefeitura da cidade informou que o processo seletivo foi realizado pela Secretaria Municipal de Educação e conduzido por comissão de servidores designados para aquele fim.
“A Prefeitura esclarece que o referido processo seletivo já teve sua legalidade reconhecida pelo Tribunal de Contas do Estado, bem como já foi encaminhada anteriormente a documentação ao Ministério Público Federal. Ressalta também que sempre atendeu às solicitações do MPRR e recebeu com surpresa a operação de hoje, uma vez que não houve nenhuma solicitação de informações e documentos por parte do Ministério Público Estadual com relação ao referido processo seletivo. Por fim, a Prefeitura informa que sempre esteve a disposição para todo e quaisquer esclarecimentos”, diz.