O beato José Allamano, vai ser canonizado no domingo (20), Dia Mundial das Missões, no Vaticano. A diocese de Roraima, onde aconteceu o milagre para a canonização, promove uma vigília de oração neste sábado (19) às 19h na casa dos missionários da Consolata, no Calungá.
A missa diocesana em ação de graças a são José Allamano será no dia 26 de outubro, às 19h, na Paróquia Catedral Cristo Redentor e será transmitida pelas redes sociais.
Milagre de índio Yanomami
A presença dos missionários da Consolata na Amazônia começou em 1948, especialmente em Roraima, onde se dedicaram aos povos indígenas das Terras Indígenas Raposa-Serra do Sol e Yanomami. Foi na missão de Catrimani, na Terra Indígena Yanomami, que ocorreu o milagre atribuído a José Allamano.
Em 7 de fevereiro de 1996, no primeiro dia da novena ao Bem-Aventurado, Sorino Yanomami, de 40 anos, foi atacado por uma onça. Com ferimentos graves, incluindo exposição cerebral, ele foi atendido inicialmente na missão Catrimani e depois transferido para um hospital em Boa Vista.
Durante seu tratamento, missionários invocaram a intercessão de Allamano e colocaram uma relíquia dele junto à cama de Sorino. Contra todas as expectativas médicas, Sorino recuperou-se completamente, retornando à sua vida normal em maio do mesmo ano.
Em 2020, o bispo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva, nomeou um Tribunal Diocesano para investigar o milagre. Após análise, as conclusões foram enviadas ao Vaticano, onde foram aprovadas.
Vida e legado
José Allamano nasceu em 21 de janeiro de 1851, em Castelnuovo d’Asti, Itália. Formado sob a influência de São José Cafasso e Dom Bosco, foi ordenado sacerdote em 1873. Durante 46 anos, foi Reitor do Santuário da Consolata em Turim, transformando-o em um centro de devoção mariana e formação sacerdotal.
Fundou o Instituto dos Missionários da Consolata em 1901 e das Missionárias da Consolata em 1910, dedicados à missão na África. Allamano faleceu em 1926 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1990.