Arthur Lira, Ângela Lira e Gerlane Baccarin. Foto: reprodução/ redes sociais

Como se não bastasse desde o começo de sua gestão, há cinco anos, o governador Antonio Denarium ter colocado as cunhadas, irmãs de sua esposa, para ocuparem cargos do primeiro escalão do governo, o chefe do Executivo estadual não supreende ninguém com suas escolhas nada técnicas para o comando de pastas vitais à administração pública estadual.

Após o estranhamento geral da oferta da maior comenda do Estado, a Medalha Ordem do Mérito Forte São Joaquim, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nesta segunda-feira (13), em Boa Vista, voltou à tona a ligação entre Lira e Denarium: a esposa do deputado, Ângela Lira, é a secretaria adjunta da Secretaria de Estado de Representação de Roraima em Brasília (SERBRAS). Pasta cuja titular é Gerlane Baccarin, esposa do senador Hiran Gonçalves.

O salário da secretária passa de R$ 29 mil mensais; da ajunta R$ 24,8 mil. Não faço juízo do mérito de formação ou de competências de Gerlane e de Ângela Lira, mas somos levados a crer que estes critérios sequer tenham sido levados em consideração para as respectivas nomeações.

Acostumado com indicações familiares, vide a primeira-dama do Estado ser, graças ao poder do marido, também Conselheira do Tribunal de Contas (TCE-RR). Isso muito nos mostra sobre a forma que o Governo de Roraima tem encarado os cargos públicos e a responsabilidade, sobretudo técnica, as quais eles demandam.

O governador segue gastando dinheiro a toa, fazendo indicações entre aliados, dividindo e fatiando secretarias e orçamentos entre grupos políticos mais próximos. Quanto à razoabilidade técnica, de quem faz o trabalho acontecer, esta segue inerte na administração pública estadual.

De medalha em medalha, arrumadinhos entre amigos, Roraima perde a linha orçamentária, o direito de evoluir, e a esperança de seus cidadãos em tempos melhores, com gente realmente preocupada em fazer nosso Estado dar certo.

Mas o pão e circo de R$16,9 milhões, que depende de empréstimo e superendividamento do Estado pelos próximos dez anos, segue garantido, a todo vapor. Como diz a música do artista que a Expoferr pagou R$ 1 milhão de cachê oriundos dos cofres públicos: “Vai, safadão! Vai, safadão!”

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