O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a endurecer o discurso contra o governo de Nicolás Maduro. Em publicações na rede Truth Social, o republicano fez um ultimato a Caracas, exigindo que aceite a deportação de imigrantes venezuelanos que, segundo ele, incluem prisioneiros e pacientes de instituições psiquiátricas.
“Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os prisioneiros e pessoas de instituições mentais, incluindo os piores manicômios do mundo, que a liderança venezuelana forçou a entrar nos Estados Unidos”, escreveu Trump. Em seguida, subiu o tom e alertou em letras maiúsculas: “Tire-os do nosso país agora mesmo, ou o preço que você pagará será incalculável”.
A escalada acontece após os EUA anunciarem a destruição de três embarcações venezuelanas nas últimas semanas, em operações no Caribe sob responsabilidade do Comando Sul. Segundo Washington, as lanchas transportavam drogas com destino ao território americano. Ao menos 14 pessoas morreram nas ações.
Trump justificou os ataques alegando que as embarcações estavam em águas internacionais e acusou Caracas de envolvimento com o tráfico. “Parem de vender fentanil, narcóticos e drogas ilegais na América e de cometer violência e terrorismo contra os americanos”, publicou.
Do outro lado, Maduro classificou as ofensivas como uma “agressão” dos Estados Unidos. Em pronunciamento, afirmou que não se trata apenas de tensão diplomática, mas de hostilidade em várias frentes: judicial, política e militar. “A Venezuela está protegida pelas leis internacionais para responder a essa agressão”, declarou.
De acordo com a agência Reuters, o líder venezuelano teria sinalizado interesse em abrir negociações diretas com Washington, embora mantenha publicamente o discurso de confronto.
