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A advogada indígena Joênia Batista de Carvalho, a Joênia Wapichana, viaja neste sábado (15) para Nova York onde irá receber o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas 2018. A entrega do troféu ocorre no próximo dia 18 de dezembro, na sede das Nações Unidas.
Defensora dos direitos humanos das comunidades indígenas, ela foi a primeira mulher indígena a se tornar advogada no país. Este ano, foi eleita deputada federal por Roraima com 8.491 votos e será a primeira mulher indígena da história na Câmara dos Deputados.
Em entrevista ao Roraima 1, a advogada e deputada federal eleita falou da importância de defender o direito dos povos indígenas. “Esse momento que a ONU vem reconhecer a importância de defender o direito dos povos indígenas como direito humano, vai dar uma visibilidade para nós aqui no Brasil”, declarou.
Joênia afirma que para os povos indígenas continuarem existindo é preciso ter terra indígena demarcada, políticas públicas diferenciadas e garantia constitucional.
A vencedora do prêmio pede ainda que a comunidade internacional acompanhe os novos rumos do governo no país, a fim de garantir a proteção dos direitos indígenas. “É muito importante reconhecer, primeiro, que existe uma defesa dos direitos humanos, como dos povos indígenas, e a importância de avançar, não retroceder”, pontuou.
Joênia é formada em direito pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) e adota o nome Wapichana que representa sua etnia. Ela é mestre pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Prêmio
O Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas é concedido a pessoas e organizações pelas suas conquistas em direitos humanos. Entre os vencedores de anos anteriores estão nomes como os de Martin Luther King, Nelson Mandela, Malala Yusafzai, as organizações Anistia Internacional e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Criado pela Assembleia Geral da ONU em 1966, o prêmio está em sua décima edição, que coincide com o aniversário dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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