O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta terça-feira (17) do lançamento da Frente Parlamentar pela Malária (FPEMA), em Brasília (DF). A frente atuará em cinco eixos estratégicos para eliminar a doença no Brasil até 2035.
O país tem avançado na redução dos casos: entre janeiro e abril de 2025, foram registrados cerca de 34 mil, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 45 mil casos. Em Roraima, a redução também foi significativa: de 11.701 para 7.126 casos, uma queda de 39%.
“Essa Frente Parlamentar é uma novidade importante: ativa, engajada e comprometida com resultados. Se atuarmos juntos, com determinação e inovação, podemos transformar essa história e alcançar um marco inédito na saúde pública brasileira”, reforçou o ministro Alexandre Padilha durante o lançamento.
O apoio da frente ao Ministério da Saúde está previsto em duas fases: a primeira contempla a implementação das estratégias em 16 municípios prioritários até 2026. A segunda etapa, prevista até 2030, ampliará a cobertura para 32 municípios, com oficinas de microplanejamento, capacitação nacional em entomologia e ações articuladas de diagnóstico, tratamento e controle vetorial.
“Quero me comprometer com duas ações imediatas: concluir, junto com esta Frente, uma avaliação da estratégia atual e promover um diálogo direto com os governadores da Amazônia Legal e os prefeitos dos municípios mais afetados”, afirmou Padilha.
Investimento
Em 2024 e 2025, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 47 milhões no enfrentamento da malária, com ações intensificadas nos municípios prioritários. A malária está entre as doenças incluídas no programa Brasil Saudável, que tem como meta eliminar 11 doenças e cinco infecções de transmissão vertical como problemas de saúde pública.
A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e à estratégia da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a eliminação de enfermidades nas Américas.
Desde o lançamento do Plano Nacional de Eliminação da Malária (PNCEM), em 2022, o país tem avançado na qualificação da vigilância, na capacitação de lideranças locais e no fortalecimento do controle vetorial.
Entre as principais ações, estão a implementação do medicamento tafenoquina — iniciada em março de 2024 e com previsão de cobertura nacional até o final de 2026 —, a retomada da produção nacional de medicamentos para tratamento da doença, a ampliação do diagnóstico com testes rápidos e a introdução de novos inseticidas de maior eficácia.