Aeroporto Internacional de Boa Vista. Foto: Roraima 1

A Latam Airlines Brasil anunciou semana passada a suspensão de 21 rotas nacionais por conta do aumento dos combustíveis, e não deve parar por aí. Segundo a companhia aérea, a decisão é temporária e será colocada em prática a partir de 1º de abril e deve ser mantida até o mês de junho.

Os voos já afetados eram de rotas que ainda seriam inauguradas, como trajetos entre São Paulo e cidades como Montes Claros e Juiz de Fora, em Minas Gerais; Presidente Prudente, em São Paulo; Cascavel, no Paraná; e Sinop, em Mato Grosso. Outras rotas que estavam em operação, como redução em Brasília, no Distrito Federal, e Rio Branco, no Acre, também foram suspensas. A empresa estuda retirar outros voos de operação, incluindo os de Roraima, caso os preços dos combustíveis não sejam normatizados e tornem inviáveis a manutenção das rotas.

Conforme nota divulgada pela empresa, alguns voos já programados para os próximos meses e os novos destinos que seriam lançados neste primeiro semestre de 2022 foram postergados para o terceiro trimestre deste ano, em função da alto do preço do querosene da aviação, resultante da evolução da guerra na Ucrânia.

“A companhia lamenta pelo impacto causado aos clientes em função destas alterações que resultam de fatores externos alheios à sua vontade e orienta os seus clientes a acessarem o site latam.com > Minhas Viagens > Administrar suas viagens para saberem se o seu voo foi postergado. Ao inserir os dados da viagem, o cliente com voo alterado conseguirá visualizar o aviso sobre a modificação”, consta um trecho da nota.

A Latam também informa que o consumidor pode solicitar reembolso sem multa. “No mesmo campo do site, os clientes com voos alterados, neste período, poderão remarcar o voo sem multa e diferença tarifária na mesma cabine do voo original. O cliente ainda pode solicitar o reembolso sem multa. Todas essas alternativas são válidas até o vencimento do bilhete (12 meses após a data da compra)”, explica a nota.

Além de destacar os impactos diretos no preço do petróleo, em função da guerra entre Rússia e Ucrânia, a companhia ressalta que a situação conflitante pode resultar em aumentos de preços das passagens e serviços adicionais em até 30%.

Em uma declaração para o jornal Folha de São Paulo, no último dia 11 de março, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, já havia falado sobre os impactos sofridos no setor por conta da pandemia e dos aumentos de tarifas ocorridos desde janeiro deste ano, acentuado nas últimas semanas por conta da guerra no Leste Europeu.

“Toda a indústria, não só a Latam, responde a esse tipo de crise com duas medidas: a primeira é um aumento das tarifas e, a segunda, uma redução da oferta. Uma em função da outra”, salientou Jerome.

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