Foto: EBC/Agência Brasil.

O Governo Federal entrou em uma nova etapa contra a fome e a desnutrição na Terra Indígena Yanomami. As equipes interministeriais seguem definindo novas ações para os indígenas recuperarem sua autonomia alimentar.

O planejamento interministerial envolve o retorno da pesca artesanal, a entrega de sementes e de mais de 3 mil kits de ferramenta agrícola e de pesca, além de 184 equipamentos para casas de farinha. O Governo Federal também prevê a formação de agentes para a assistência técnica necessária à realidade dos Yanomami.

As principais medidas estão a cargo da Funai, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

O recurso para que as políticas públicas sejam efetivadas em 2024 está contemplado na liberação de crédito extra de R$1 bilhão, como prevê a medida provisória editada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em março.

No dia 24 de abril, 30 servidores federais participaram de uma oficina em Brasília para conhecerem os detalhes do que cada órgão está construindo. Equipes que atuam na Terra Indígena também participaram do evento e compartilharam a vivência no atendimento aos Yanomami.

A determinação do governo é que a crise imposta a este povo seja superada, resgatando seus costumes, modo de vida, sua cultura e tradições. A Terra Yanomami é a maior terra indígena do Brasil e acredita-se que também seja a maior existente no mundo. O território abriga 27 mil indígenas que possuem culturas distintas e que falam seis línguas Yanomami diferentes.

Ações emergenciais

Desde o início de 2023, quando a crise humanitária veio à tona, o Governo Federal entregou aos indígenas 74 mil cestas de alimentos. “Seguimos com a distribuição através de um contrato emergencial. Em paralelo, estamos construindo políticas que darão aos indígenas as condições necessárias para que eles recuperem sua autonomia alimentar, algo muito esperado por eles”, explicou a secretária adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Débora Beserra.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here