A Universidade Estadual de Roraima (UERR) registrou um dos piores desempenhos do país no Ranking Universitário Folha (RUF) 2025, figurando na 202ª posição entre 204 instituições avaliadas. A colocação acendeu um sinal de alerta sobre a qualidade do ensino superior estadual e evidenciou a distância entre a UERR e outras universidades públicas brasileiras.
O levantamento, realizado anualmente pela Folha de S. Paulo, leva em conta cinco indicadores: pesquisa, ensino, mercado de trabalho, internacionalização e inovação. O desempenho fraco da UERR indica dificuldades em praticamente todas as áreas analisadas, especialmente em pesquisa e internacionalização — critérios que têm forte peso na composição da nota final.
UFRR
No mesmo ranking, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) aparece na 144ª posição, distante da elite acadêmica brasileira, mas ainda assim muito acima da UERR. A comparação evidencia o abismo existente entre as duas instituições públicas do estado e mostra que os desafios são maiores na esfera estadual, onde o orçamento é mais limitado e a infraestrutura costuma ser mais recente e menos robusta.
Desigualdades regionais pesam no resultado
O desempenho da UERR também expõe uma realidade que se repete em grande parte do Norte e Nordeste: a dificuldade de competir com universidades de regiões mais ricas, como Sudeste e Sul, que historicamente concentram os melhores indicadores de pesquisa, corpo docente, inovação e relações internacionais.
A posição quase na lanterna do ranking pode afetar a imagem da instituição, dificultar a captação de recursos, reduzir o interesse de novos estudantes e impactar a percepção do mercado de trabalho sobre os egressos da UERR.
Entre os fatores que podem ter contribuído para a colocação estão: Produção científica reduzida, com menor volume de publicações e projetos de pesquisa; Baixa internacionalização, com poucas parcerias e intercâmbios; Infraestrutura limitada, comum em instituições estaduais jovens; Desafios na empregabilidade dos egressos, refletidos na nota do indicador “mercado”.
Especialistas também apontam que a falta de programas consolidados de pós-graduação e laboratórios avançados prejudica a evolução da UERR nos rankings nacionais.
O Roraima 1 abriu o espaço para que a Universidade se manifeste acerca da colocação no ranking e aguarda retorno.








