Senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) chamou nesta terça-feira (25) o Poder Legislativo a assumir seu papel de “construir a harmonia social e enfrentar a radicalização e a intolerância”. Sem dizer a quê, ele manifestou sua preocupação com as “trincheiras” ideológicas que dividem o país, sublinhando que a verdadeira política pressupõe o diálogo e a convivência pacífica entre as diferenças.

“O radicalismo, ao se impor pela força e pela intolerância, mina os alicerces de qualquer democracia. Quando negamos o outro lado, quando desconsideramos opiniões divergentes e adotando o extremismo, não estamos construindo, mas destruindo os pilares da sociedade”, discursou o senador por Roraima sem dar lados.

Para ele o parlamento tem que ter um compromisso com a harmonia entre os Poderes, a qual tem sido vítima de “desconcertantes desafinações”. Chico Rodrigues espera que os senadores ajam como agentes da coesão indispensável para que o Legislativo avance em pautas essenciais para o enfrentamento da injustiça econômica e social.

“Acima das diferenças e conflitos partidários, devem prevalecer as expectativas de prosperidade e justiça no seio social brasileiro”, terminou.

Opinião do editor

O pais vive um clima de tensão entre dois lados polarizados aos quais o senador Chico Rodrigues possui situação indefinida. Na gestão Bolsonaro (PL), o senador chegou a emprega o sobrinho do ex-presidente, Léo Índio, em seu gabinete. Na gestão Lula (PT) põe-se como aliado direto do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), líder de seu partido.

Neste exato momento Bolsonaro passa por um processo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por planejar um golpe de Estado contra o país. Concomitantemente a isso, a direita luta pela anistia dos presos do atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Chico não explicita em suas palavras nem por quem está pedindo, nem por qual lado está atuando. Provavelmente, ao que se vê, nem ele sabe.

O discurso do senador por Roraima é superficial e não esclarece posicionamento acerca de nenhum dos dois lados. O que o Senado Federal não precisa, é de representantes de atitudes e opiniões elásticas, em cima do muro.

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