
Uma representação protocolada nesta terça-feira (3) pede que a Justiça Eleitoral apure a confiabilidade da pesquisa de intenção de votos que aponta MDB e PSDB para disputar o 2º turno das Eleições em Boa Vista. Os partidos representam os candidatos Arthur Henrique e Shéridan, respectivamente.
A pesquisa eleitoral, divulgada na segunda-feira (2) e publicada em veículos de comunicação local, foi encomendada pelo Instituto Z C da Silva, com sede no município do Cantá. Conforme apuração do Roraima 1, a empresa tem sede inexistente.
De acordo com a representação, a pesquisa não foi registrada na Justiça Eleitoral, conforme dita o artigo 33, da Lei 9.504/97. A Justiça Eleitoral informou à reportagem que não se pronuncia até a decisão do caso.

A lei determina informações sobre:
- quem contratou a pesquisa;
- valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
- metodologia e período de realização da pesquisa;
- plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível
econômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo
de confiança e margem de erro; - sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta
de dados e do trabalho de campo; - questionário completo aplicado ou a ser aplicado;
- nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva
nota fiscal;
No entanto, a pesquisa de intenção de fotos foi realizada de forma irregular, segundo afirma a representação.
“No caso dos autos, quanto ao registro, a pesquisa não traz o nome de quem a contratou, a origem dos recursos despendidos no trabalho, o nome de quem pagou pela realização do trabalho e a cópia da respectiva nota fiscal, em flagrante violação ao art. 33 […] Outrossim, a pesquisa também não trouxe a assinatura digital do estatístico responsável”, diz trecho do documento.
O que o Instituto diz
Uma das representantes do Instituto Z C da Silva afirmou, por telefone, ao Roraima 1 que a pesquisa é válida. Em documento enviado à reportagem, consta que a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral no dia 25 de outubro e custou R$ 8 mil. Também mostra que a empresa atendeu os critérios regidos na lei eleitoral. Sobre a inexistência da sede da empresa, a representante não respondeu.