Dois casos semelhantes, com finais e punições diferentes. Enquanto o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) manteve prisão de motorista embriagado que atropelou cinco corredores no último dia 1º, motorista que atropelou quatro corredores em Roraima, no dia 29 de março, segue em liberdade.
No Amazonas, o motorista Aleff Jardeu Oliveira Valente, de 29 anos, invadiu o percurso de uma corrida de rua em alta velocidade. Cinco atletas foram atingidos, e precisaram ser encaminhados para o Hospital. Um dia depois, o analista júnior Emanuel da Costa Fernandes, de 26 anos, um dos atletas atropelados, teve a morte cerebral confirmada pelos familiares.
Aleff foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia na última sexta-feira (2), onde teve a prisão convertida para preventiva pela Justiça.
Em Roraima
Em Roraima, a motorista embriagada Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, atropelou no dia 27 de março, quatro corredores que treinavam no acostamento de uma via na região do Bom Intento, zona rural de Boa Vista. As quatro vítimas foram encaminhadas com urgência ao Hospital Geral de Roraima (HGR).
Após o acidente, a motorista tentou fugir e chegou a minimizar a gravidade do caso, afirmando que “não daria em nada” e que aguardaria apenas o pagamento de fiança para ser liberada.
A motorista foi autuada em flagrante pelos crimes de lesão corporal culposa de trânsito e lesão corporal qualificada pela embriaguez ao volante. Entretanto, no dia seguinte, durante a audiência de custódia, foi solta sem pagamento de fiança. A decisão foi da juíza Noêmia Cardoso Leite de Sousa, da comarca de Boa Vista, que considerou adequadas a aplicação de medidas cautelares distintas da prisão.
Morte de Ferrinho
Após quase um mês de internação em coma induzido, um dos atletas atropelados, José Francisco Gomes, de 49 anos, morreu no HGR. A informação foi confirmada pela família através das redes sociais. Ferrinho, como era conhecido, deixou uma esposa e filhos.
Após a morte do engenheiro de produção, houve mudança nas investigações, e Jully passou a responder por homicídio doloso – quando há intenção de matar. Para a Polícia Civil de Roraima (PCRR), a motorista assumiu o risco no momento em que decidiu dirigir embriagada. Até o momento, ela segue em liberdade.
