A Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou o enfrentamento ao garimpo ilegal em Roraima e, apenas em 2025, já apreendeu mais de 200 quilos de ouro no estado, marca que a consolida como a força policial que mais retém esse tipo de carga no Brasil.

Na noite de quarta-feira (22), os agentes apreenderam 11 barras de ouro maciço, totalizando 10,2 kg, durante fiscalização na BR-401, em Boa Vista (RR). O material estava escondido em uma caminhonete, cujo motorista foi detido em flagrante e conduzido à sede da Polícia Federal.

A operação foi realizada com base em trabalho de inteligência, método que permite à PRF concentrar esforços em alvos de alta relevância criminal, como crimes ambientais e ilícitos transnacionais.

As evidências apontam que o ouro confiscado seja proveniente de garimpos ilegais em áreas de preservação ambiental e terras indígenas.

Três grandes apreensões em novembro

Este é o terceiro carregamento de ouro interceptado no estado apenas em novembro. No dia 20, a PRF já havia confiscado 37,4 kg distribuídos em 48 barras, avaliados em mais de R$ 26 milhões. E no dia 10, outros 11,6 kg foram localizados em outra operação no território roraimense.

Apenas essas três ações em novembro somam quase 60 kg, representando um prejuízo milionário para o crime organizado da região.

Operações integradas e prejuízo às quadrilhas

As ações fazem parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano AMAS), lançado em 2023 pelo Governo Federal para ampliar o combate ao crime organizado nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Desde a adesão da PRF ao plano, a corporação vem quebrando recordes de apreensões de ouro, madeira, animais silvestres e veículos usados em atividades ilícitas. Mais de 2 milhões de veículos e 2,5 milhões de pessoas já foram abordadas na região, muitas delas com antecedentes criminais.

Além das apreensões e prisões, a PRF tem promovido a destruição de maquinários utilizados no garimpo ilegal, como dragas, tratores, caminhões e aeronaves, impondo pesadas perdas às organizações criminosas que exploram ilegalmente os recursos naturais da Amazônia.

 

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