Mecias de Jesus. Foto: SupCom/ALE-RR

O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) diz que está “doido” para ver as forças que Donald Trump empregou perto da costa da Venezuela deporem Nicolás Maduro.

Questionado pela Revista Veja sobre o risco de uma eventual intervenção militar americana explodir a migração na fronteira em Roraima, Mecias lembrou a famosa frase de Tiririca. “Pior que está não fica”, diz.

O Governo Trump empregou forte poderio militar no Mar do Caribe sob a justificativa de combater o narcotráfico, que, segundo o presidente americano, representa uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Maduro prometeu reação armada a qualquer ataque em território venezuelano e disse que “não há como” as forças de Trump invadirem seu país.

Efeitos disso para Roraima

Em entrevista ao Roraima1, o cientista político Paulo Racóski, possíveis ataques podem gerar nova crise imigratória em Roraima. “Em um ciclo de bombardeio, ou em qualquer ocorrência que se dê, até mesmo o princípio de uma guerra civil interna, a gente pode ter um deslocamento de mais de um milhão de pessoas na linha de fronteira, que é uma fronteira seca, as pessoas não vão ficar esperando mísseis”, disse.

Ele ainda completou, afirmando que qualquer tentativa de limitar a entrada de pessoas pela fronteira pode resultar em ainda mais desastre.

“Não há controle para mais de um milhão de pessoas, mesmo caminhando, desarmadas, na linha de fronteira seca, a não ser que você, porventura, tentasse pará-las à força, usando métodos letais, enfim, o que também seria quase que impossível. Seria uma grande tragédia, e a certeza de que, se houver uma guerra civil, ou um bombardeio, ou algo nesse sentido, a gente vai sofrer muito mais do que já sofremos com a questão migratória”, afirmou.

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