O major da Polícia Militar, E.C.L, foi preso na manhã desta quinta-feira (25) durante a Operação Ilíria, deflagrada pela Polícia Civil de Roraima para desmantelar um esquema de exploração sexual de adolescentes em Boa Vista. Ele foi detido na Rodoviária Internacional ao chegar do Amazonas e levado para audiência de custódia.
A operação, conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) com apoio do Departamento de Polícia Especializada (DPE), cumpriu sete mandados judiciais, incluindo cinco de busca e apreensão e dois de prisão temporária — contra o oficial E.C.L. e um homem de 20 anos, K.W.S.P., que ainda está foragido.
Além do oficial, foram alvos da ação um agente de polícia (57 anos), um gerente comercial (49 anos), um analista judiciário (49 anos) e K.W.S.P. As investigações indicam que o grupo, composto por agentes públicos e civis, oferecia bebidas alcoólicas e entorpecentes a adolescentes de 14 a 16 anos em festas realizadas em suas residências, em troca de favores sexuais.
Segundo o delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, os crimes apurados envolvem favorecimento à prostituição de menores, associação criminosa, fornecimento de bebida alcoólica a adolescentes e posse ilegal de arma de fogo. As buscas ocorreram nos bairros Paraviana, Caçari, São Pedro, Cinturão Verde e Equatorial, com apoio da Corregedoria-Geral de Polícia na residência do agente investigado.
“Essa operação é fruto de um trabalho investigativo contínuo e detalhado, voltado à proteção de crianças e adolescentes. A ação da Polícia Civil tem como objetivo desarticular um esquema de exploração sexual de adolescentes em Boa Vista, liderado e integrado por agentes públicos. Segundo apurado, esses indivíduos ofereciam bebidas alcoólicas e entorpecentes em troca de favores sexuais”, disse.
Ele explicou ainda o que deve ser apurado e quanto tempo deve durar a investigação. “Essa investigação dura aproximadamente dois meses e visa apurar os seguintes delitos: associação criminosa, favorecimento à prostituição, fornecimento de bebida alcoólica a menor de idade e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito”, destacou.
A Polícia Civil prossegue com as diligências para localizar o jovem foragido e identificar outras vítimas e suspeitos ligados ao esquema. A Operação Ilíria contou com a participação de diferentes unidades policiais, entre elas o Grupo de Resposta Tática (GRT) e o Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida.
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