Um homem de 28 anos, identificado pelas iniciais T.D.S.R., foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado, organização criminosa e corrupção de menor. Ele foi acusado de matar Mário Eduardo Lopes dos Santos, de 18 anos, em 2 de maio de 2018, na vicinal 15, da Vila Nova Colina, região sul de Roraima.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu em um sítio abandonado e teria sido motivado por disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas na área. A vítima foi rendida e morta com diversos golpes de terçado. O acusado estava acompanhado de um adolescente e de outros indivíduos que não foram identificados.
A delegada responsável pelo caso, Suébia Cardoso, informou que a investigação enfrentou dificuldades para identificar os envolvidos. O avanço ocorreu após a divulgação de um vídeo por integrantes da facção, que mostrava parte da ação criminosa e revelava um agressor com uma tatuagem no pulso.
“Um vídeo divulgado à época por integrantes da facção criminosa mostrou parte da ação, registrando a presença de um agressor com uma tatuagem no pulso. Ou seja, a crueldade foi tão grande que os criminosos registraram, em vídeo, todo o crime e ainda compartilharam, causando medo na população”, disse.
Meses depois, T.D.S.R. foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Na Delegacia, policiais de Rorainópolis reconheceram a tatuagem no antebraço do suspeito como a mesma que aparecia no vídeo.
“Ao ser interrogado sobre essa situação, ele negou. No entanto, encaminhamos o vídeo para análise pericial e solicitamos que houvesse uma comparação com a tatuagem do suspeito com a que aparecia no vídeo”, afirmou a delegada.
O material foi examinado pelo Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida (ICPDA), que confirmou a correspondência entre a tatuagem do suspeito e a registrada nas imagens.
“Essa prova técnica foi fundamental para a conclusão do inquérito, conduzido naquele momento em Rorainópolis. Mesmo diante das negativas apresentadas pelo investigado, a perícia científica foi decisiva para comprovar sua participação no crime. Esse trabalho conjunto entre investigação policial e exame técnico demonstra a eficiência da Polícia Civil no esclarecimento de crimes graves e na busca por justiça às vítimas”, acrescentou.
O Ministério Público apresentou denúncia e o acusado foi levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, que reconheceu a materialidade e a autoria do crime.