O presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que, embora seu país seja um “Estado pequeno e pacífico”, resistirá às ameaças da vizinha Venezuela. A declaração foi feita durante seu discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York (EUA), na quarta-feira (24).
“A controvérsia territorial entre nossos Estados está agora perante a CIJ (Corte Internacional de Justiça), que já confirmou sua jurisdição duas vezes e, em 2023, emitiu medidas provisórias ordenando que a Venezuela se abstivesse de alterar o status quo”, disse.
No entanto, a Venezuela persiste com leis unilaterais e ameaças de anexação, violando flagrantemente o direito internacional, a Carta da ONU e os próprios princípios que sustentam a ordem global”, acrescentou. “Não nos curvaremos à coerção, à intimidação ou à ação unilateral”, concluiu Ali.
A controvérsia sobre a fronteira está centrada na região de Essequibo, que representa 70% do território da Guiana. A Venezuela reivindica o território há décadas, embora a Sentença Arbitral de 1899 tenha estabelecido a fronteira em favor da Guiana.