No ano de 2024, o Estado de Roraima apresentou uma defasagem de R$ 0,44 no preço da gasolina comum, segundo o Sindicato dos Postos de Combustíveis de Roraima (Sindipostos-RR). Apesar do aumento do valor, os postos não chegaram a aplicar a mesma quantidade da taxa repassada pelas distribuidoras, que foi de R$ 1,44. O preço final que chegou no bolso do consumidor foi de R$ 1.
No início do ano passado, o preço da gasolina custava ao consumidor roraimense R$ 5,89 e, no final de 2024, chegou a R$ 6,89. O mês de fevereiro apresentou a maior subida, com R$ 0,35 de reajuste.
De acordo com o presidente do Sindipostos-RR, João Victor Kotinski, se os postos aplicassem o valor de reajuste total, o Estado teria uma gasolina de R$ 7,33. Ele ainda destaca que o valor das distribuidoras é variável e que há outros fatores que influenciam no preço.
“O preço das distribuidoras é variável, tem postos que compram com prazo, e isso encarece ainda mais o produto, bem como as distribuidoras possuem preços diferentes também. Hoje, a margem bruta de lucro de um posto que compra combustível à vista da distribuidora está em R$ 0,55 por litro, lembrando que desse valor tem ainda o Imposto sobre as vendas, assim como todas as demais despesas da empresa”, destacou Kotinski.
Em material publicado em junho do ano passado, o site Autoesporte apontou que, durante os dias 23 e 29, os Estados do País que possuíam o maior valor do preço da gasolina eram Acre (R$ 7,04) e Rondônia (6,40), além de Amazonas e Roraima, ambos com 6,32.
O território roraimense está entre os Estados com maior preço de combustível porque compra da Refinaria da Amazônia (Ream), que foi privatizada em dezembro de 2022. Por não ter nenhuma concorrência, a empresa tem a sua própria política de preços.
O presidente do Sindipostos-RR reforça, ainda, que entre os fatores que levam à definição dos preços estão o custo de compra do produto, custo de transporte, o custo de imposto sobre a venda e os custos fixos de cada empresa.