Foto: Reprodução/Getty Images

No dia 22 de agosto, Boa Vista sediará o 1º Fórum Municipal de Combate ao Feminicídio, com o tema “Vidas interrompidas, vozes que resistem”. acontecerá no Teatro Municipal, das 8h às 18h, e pretende ser um marco na articulação interinstitucional para enfrentar o feminicídio, com atenção especial aos órfãos dessa violência e às estratégias de prevenção.

Dados divulgados neste ano apontam que Roraima registrou a maior taxa de homicídios de mulheres do país, com 10,4 casos por 100 mil habitantes, quase o triplo da média nacional, conforme o Atlas da Violência. Foram 31 mulheres assassinadas.

Para debater e traçar políticas públicas que combatam esse problema, o 1º Fórum Municipal de Combate ao Feminicídio contará com a participação de diversas instituições parceiras, entre elas a Delegacia da Mulher, CREAS, CRAS, Ministério Público, Defensoria Pública, Patrulha Maria da Penha, organizações da sociedade civil de apoio às vítimas, Conselho Tutelar, profissionais de assistência social e psicologia, além de representantes do Judiciário, Guarda Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

A programação inclui rodas de conversa, exposições interativas, apresentações culturais e atos simbólicos. O encontro é organizado pela vereadora Tuti Lopes (Podemos),Ítalo Otávio (Republicanos) e o presidente da Câmara Municipal, Genilson Costa (Republicanos).

Na abertura oficial, às 9h, haverá composição de mesa com autoridades e a exibição de um vídeo com dados atualizados sobre feminicídio em Roraima. A primeira roda de conversa, “A rede de proteção: quem está com a mulher?”, contará com participação da Delegacia da Mulher, CREAS, CRAS, Ministério Público, Defensoria Pública, Patrulha Maria da Penha e organizações de apoio às vítimas.

Às 11h30, a exposição interativa “Redações que gritam por justiça” apresentará textos e desenhos de estudantes da rede pública sobre o tema, além de um varal com frases e depoimentos anônimos.

No período da tarde, a roda de conversa “Depois do enterro: quem cuida dos órfãos do feminicídio?” reunirá assistentes sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, representantes do Judiciário e, se possível, familiares de vítimas para discutir o suporte necessário a crianças e adolescentes que perderam suas mães para a violência.

O painel “Boas práticas e caminhos para romper o ciclo da violência” apresentará projetos de lei, experiências bem-sucedidas de recomeço e propostas para ampliar o acesso à informação e aos canais de denúncia.

O encerramento, às 17h, será marcado pelo ato simbólico “Unidos contra o feminicídio”, com a presença da Guarda Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, seguido da distribuição de flores ou laços brancos em homenagem às vítimas.

O evento também contará com mesa de acolhimento psicológico, espaço infantil com monitores, intérprete de Libras e kits informativos sobre a Lei do Feminicídio, canais de denúncia e direitos dos órfãos.

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