Com projeção de aumento de apenas 0,6% em relação às vendas do ano passado, o Dia das Mães de 2025 em Roraima deve movimentar R$ 30,2 milhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para o economista da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, “apesar do avanço, o número é considerado tímido para a segunda data comemorativa mais importante para o varejo e pode ser explicado pelo encarecimento do crédito”.
O ramo de vestuário, calçados e acessórios deve liderar mais uma vez o ranking da preferência do consumidor em Roraima, com com estimativa de concentrar quase 40% das compras. Em seguida, aparecem os segmentos de farmácias, perfumarias e cosméticos, com 21%, e o ramo de utilidades domésticas e eletroeletrônicos com cerca de 13%. Ainda de acordo com o assessor econômico da Federação do Comércio, “os segmentos que mais dependentes de crédito, devem apresentar uma retração, com quedas de 2,9%, 4,4% e 6,0%, respectivamente”, complementa Fábio Martinez.
Atualmente, a taxa média de juros das operações com recursos livres destinados às pessoas físicas se encontra no maior patamar desde agosto de 2023, em 56,3% ao ano, de acordo com o Banco Central. “O cenário econômico tem exigido mais cautela dos consumidores, que estão mais seletivos neste Dia das Mães. Com isso, o varejo teve de se adaptar com rapidez e criatividade, investindo em promoções, itens de maior giro e mais alternativas de pagamento. Isso comprova o nível de comprometimento dos empresários com a retomada sustentável do consumo no País”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Cesta mais cara
A inflação também pesa no bolso do consumidor. A cesta típica de consumo da data comemorativa deverá apresentar alta de 5,8% este ano, frente aos 2,5% registrados em 2024. Produtos como joias (+33,7%), chocolates (+21,5%) e perfumes (+9,8%) lideram o aumento de preços. Em contrapartida, eletrodomésticos como fogões e refrigeradores devem ficar até 2,8% mais baratos.
Temporários no período
No Brasil, a segunda data comemorativa mais importante para o varejo ainda deve gerar 29,73 mil vagas temporárias, superando os 28,36 mil postos criados em 2024. Entretanto, a taxa de efetivação dos trabalhadores deve cair de 29% para 20%, acompanhando o ritmo mais lento de crescimento das vendas. Os Estados de São Paulo (8,6 mil), Minas Gerais (3,3 mil) e Rio de Janeiro (2,3 mil) devem ser os maiores demandantes por temporários.