O principal indicador de inadimplência do Brasil volta a registrar queda, reforçando a tendência de baixo do ano, segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa. Mesmo com 72,4 milhões de inadimplentes, o mês de agosto registra a terceira menor marca do ano em número de endividados, retomando ao patamar de janeiro e fevereiro.
A queda em agosto representa menos 200 mil nomes no cadastro de negativação do país. “Desde abril percebemos uma tendência de queda no número de inadimplentes”, analisa Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome. “A redução alivia a pressão sobre o orçamento das famílias e sinaliza um cenário mais favorável para a economia, com mais pessoas conseguindo voltar a ter acesso ao crédito”, explica Aline.
Principais segmentos das dívidas perdem força
Praticamente todos os motivos que geram o endividamento do brasileiro apontaram queda em agosto. O segmento de Bancos e Cartões de Crédito representam 27,9%, com uma queda de 0,46 pontos percentuais em relação ao mês anterior. As contas básicas de água, luz e gás apresentaram queda de 0,15 pontos percentuais, comparadas a julho.
O setor de serviços, que engloba atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma queda de 1,22 pontos percentuais. Em contraste no cenário apenas o segmento de telecomunicações, que teve um leve acréscimo de 0,5 ponto percentual em agosto, quase uma estagnação do indicador.
Cenário do Roraima – Em Roraima pelo segundo mês consecutivo a Serasa registrou queda no número de inadimplentes. Em julho o número de pessoas nessa situação era de 239.327 mil. Já em agosto passou para 239.143, menos 184 pessoas na lista de negativados.
O ticket médio de dívidas por inadimplente em Roraima é de R$ 4.225,75. Em relação aos segmentos com maior percentual de dívidas no estado, o setor de serviços lidera com 28,65%, seguido das utilities, que são as contas básicas como água, luz e gás com 20,43% e bancos e cartões 17,80%.
O mapa da inadimplência da Serasa mostra que em Roraima a maior parte das dívidas está concentrada na população de 26 e 40 anos (37,8%), seguido dos que tem entre 41 e 60 anos (34,7%), pessoas de até 25 anos (13,8%) e os que tem mais de 60 anos (13,7%).