Ex-vice líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado, o senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR) virou alvo de disputa entre partidos e negocia a ida para o PSB, sigla do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), como já adiantamos no último dia 7.
O que não se sabia até então, é que o senador por Roraima já havia assinado a filiação junto ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ainda como representante do União Brasil, Rodrigues chegou a participar em dezembro da reunião da bancada do PL que bateu o martelo sobre o nome do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) para disputar a presidência do Senado. Durante o anúncio da candidatura de Marinho, integrantes do PL afirmaram que o senador havia assinado a ficha de filiação ao partido e que a bancada na próxima legislatura passaria de 14 para 15 membros.
Agora, integrantes do PT dão como certa a ida de Chico Rodrigues para o PSB e brincam que ele já está sendo chamado de “companheiro Chico Rodrigues” –em referência a expressão que é marca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Chico Rodrigues tem dito a aliados que é grato ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, pelo convite para se filiar ao partido. Mas ele alega a interlocutores que estar na base do governo Lula pode ser mais vantajoso para o estado de Roraima neste momento.
O senador se encontrou pessoalmente com Alckmin e tem conversado com diferentes ministros do novo governo. Rodrigues esteve na cerimônia de posse do vice-presidente no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Pessoas próximas ao senador também reclamam do tratamento dado a ele por dirigentes da União Brasil. No Senado, a sigla é controlada pelo ex-presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (AP).
Sinalização positiva
Chico Rodrigues afirmou em suas redes sociais que vai se manter “vigilante”, mas exalta o novo governo. “Governo do presidente Lula, que tem todo o compromisso e responsabilidade em tornar a vida dos brasileiros melhor.” Tratou o momento político, inclusive, como sendo de “esperança” para o país.
Procurada, a assessoria do senador afirmou que ele ainda está conversando com diferentes partidos.
– Esse é mais um salafrário, corrupto ordinário e oportunista, que será expulso da política local em 2026.