A confirmação da ampliação das reservas de petróleo recuperáveis da Guiana em mais 1,3 bilhão de barris em outro grande campo ao largo da costa mostra o grande potencial da região. Um quinto grande campo de petróleo offshore está sendo desenvolvido por um consórcio liderado pela ExxonMobil a um custo estimado de US$ 12,7 bilhões e que adicionará mais 1,3 bilhão de barris de reservas recuperáveis de petróleo à bacia Guiana-Suriname, já com 10 bilhões de barris.
O projeto Uaru-Mako, atualmente em análise, pode entrar em operação nos próximos três anos, adicionando até 63 poços aos 30 já perfurados no Stabroek Block pelo consórcio, que também inclui a Hess Corporation e a chinesa CNOOC. Com dois campos em produção e mais dois aprovados, o consórcio é o primeiro entre muitas multinacionais que buscam explorar a imensa bacia, que promete transformar duas pequenas nações sul-americanas em alguns dos maiores produtores mundiais de combustíveis fósseis.
A Agência de Proteção Ambiental da Guiana divulgou as especificações do campo de petróleo ontem (10) para revisão pública, dizendo que Uaru-Mako tem pelo menos 1,3 bilhão de barris de petróleo leve para adicionar aos mais de 10 bilhões de barris em reservas recuperáveis que o consórcio estimou até agora. A produção atual dos dois primeiros campos é de quase 400.000 barris por dia.
A agência exigia que o consórcio fizesse um seguro para cobrir os custos de qualquer possível derramamento de óleo nesses campos. A Exxon disse que assim que for aprovado pela EPA local e uma decisão final de investimento for tomada, um quinto navio flutuante gigante de armazenamento e descarga (FPSO) será trazido para abastecer navios-tanque para os mercados internacionais. As licenças do consórcio cobrem trechos do Caribe localizados a cerca de 193 quilômetros da costa, em uma área próxima à fronteira marítima da Guiana com o Suriname.
O anúncio sobre um quinto grande campo de petróleo ocorre em meio a apelos de partidos de oposição e grupos de direitos humanos para que a Guiana consiga um acordo melhor. O consórcio está pagando os custos iniciais de desenvolvimento e recuperará 75% quando as receitas entrarem. A ExxonMobil receberá receitas adicionais equivalentes a outros 12,5% do custo. A Guiana receberá os 12,5% finais – cerca de US$ 1,6 bilhão -, bem como royalties de 2% sobre quaisquer receitas posteriores. As autoridades da Guiana disseram que não farão pressão para renegociar o acordo existente, mas exigirão melhores condições de quaisquer novos licenciados.