O deputado estadual Jorge Everton (União Brasil), delegado de carreira da Polícia Civil de Roraima, publicou em suas redes sociais comentários polêmicos acerca dos atos terroristas e antidemocráticos ocorridos neste domingo (8) em Brasília. Terroristas invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram prédios públicos, colocaram a ordem social em risco e depredaram o patrimônio material e cultural dos palácios-sedes.
No instagram, o deputado publicou a foto da ocupação irregular no Planalto e disse: “Espero que nossa classe política não esqueça nossa origem! Somos representantes da sociedade e temos que ouvir os ecos sociais. Viva a democracia, viva nossa nação brasileira!”.
Parte dos seguidores do parlamentar não concordou com a celebração e questionou a violência, o vandalismo, o inconformismo com os resultados das eleições, onde o próprio parlamentar foi reeleito pelo sistema eletrônico de urnas para um novo mandato na Assembleia Legislativa de Roraima.
Na sequência, o parlamentar continuou a endossar a pauta antidemocrática e inconstitucional ao rebater uma seguidora que questionou: “Que democracia, se o povo não aceita a escolha da maioria?”. O deputado, eleito pelo sistema de urnas eletrônicas vigente, disparou: “Qual maioria? Somente saberemos quando for liberado o código-fonte. Se não tem a temer, porque não divulga? Quem não deve não teme”.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e diversas instituições internacionais já atestaram a segurança das urnas eletrônicas. Nas eleições, as Forças Armadas que integram o comitê de inspeção, também verificaram o código-fonte das urnas e atestaram a autenticidade dos resultados.
Jorge Everton ainda continuou a destilar desinformação e a ferir princípios constitucionais. Outro seguidor do deputado comentou “É sério? Você foi eleito pelas urnas”. O deputado então rebateu: “O que garante que não tive mais votos? Quando você faz uma compra, gera um recibo. Porque você vota sem comprovante? As urnas têm que ser auditadas sim”, disparou.
A Assembleia Legislativa de Roraima não compartilha do pensamento isolado do parlamentar. Em nota, manifestou-se contra os atos.