A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus provocou o fechamento de cerca de 250 estabelecimentos comerciais em Roraima no segundo trimestre deste ano. A perda equivale a 12% do número de estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios existentes antes da crise sanitária, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados nesta terça-feira (25).
Em termos relativos, a queda em Roraima foi a terceira pior do país, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte (-14,3%) e Alagoas (-13,2%). São Paulo (-40,4 mil), Minas
Gerais (-16,1 mil), Rio de Janeiro (-11,4 mil), Rio Grande do Sul (-9,7 mil) e Paraná (9,5 mil) foram os estados que registraram os maiores números absolutos de lojas fechadas por conta da pandemia.
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A previsão da CNC é que, em todo o país, o setor chegue ao fim de 2020 com menos 88,7 mil estabelecimentos, em comparação com o ano passado, totalizando 1,252 milhão de lojas.
Embora nenhum ramo do varejo tenha registrado expansão do número de pontos de venda entre abril e junho, os segmentos mais atingidos pela crise são os de serviços não essenciais, como: lojas de utilidades domésticas (-12,9%); vestuário, tecidos, calçados e acessórios (-17,0%); e comércio automotivo (-9,9%).
Já na maior parte dos ramos do chamado varejo essencial, menos afetados diretamente pelo isolamento social, as perdas de pontos de venda se deram de forma menos intensa do que a média do setor (-9,9%). Foram os casos dos hiper, super e minimercados (-4,9%) e das farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (-4,3%). Mesmo autorizado a funcionar na maior parte do País, o segmento de combustíveis e lubrificantes foi indiretamente prejudicado pela queda na circulação de consumidores (-12,2%).
O economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, indica que a intensidade do fechamento de estabelecimentos tende a refletir os desempenhos dos segmentos do varejo em termos de volumes de venda das atividades: “Foram observadas perdas mais acentuadas nos ramos mais prejudicados pelas restrições ao consumo presencial”, diz Bentes.
