Deputado federal protocola pedido de impeachment contra Antonio Denarium

O parlamentar baseia o pedido no que classifica como “perda de controle” e “falta de gestão” de Denarium frente ao combate à pandemia de coronavírus no estado.

“Foram mais de R$100 milhões de recursos repassados ao governo de Roraima e o presidente não sabe porque pacientes vão ser transferidos para o Amazonas. O hospital de Campanha ainda não foi inaugurado. Nós não podemos deixar essa pessoa que desgoverna Roraima. Que o presidente da Assembleia possa dar seguimento ao processo de impeachment”, disse Nicoletti.

Ontem, em tom de irritação o presidente Jair Bolsonaro questionou a transferência de pacientes de Roraima para hospitais do Amazonas, após ser questionado por uma apoiadora em conversa com partidários em Brasília.

O parlamentar afirmou ainda que o pedido de impeachment não tem motivação política ou pessoal, mas por falta de questões relacionadas à gestão.

“Desde o primeiro dia, quando ele cancelou o concurso da PM, eu já estava questionando as decisões. O pedido não tem motivação política. Sou um fiscal da população e meu trabalho é fiscalizar o que está acontecendo no estado. Pessoas estão morrendo e nada está sendo feito”

O pedido será encaminhado para o presidente da Assembleia, Jalser Renier (SD), que precisa aceitá-lo ou não. Se for aprovado, é necessário a criação de uma comissão para resolver o caso.

Em nota, o Governo de Roraima informou que as alegações do deputado federal Antônio Nicoletti que baseiam o pedido de impeachment protocolado hoje na Assembleia Legislativa não se sustentam.

“É lamentável a atitude do parlamentar que busca, em um momento de pandemia, onde  busca-se unir esforços para combater o Coronavírus e salvar vidas, plantar inverdades.

E esclarece que os dados Ranking de Transparência no Combate à COVID-19 ao qual o parlamentar aponta, foram coletados entre os dias 12 e 19 de maio de 2020 e a avaliação foi no dia 21 de maio de 2020.

É importante ressaltar que esse estudo se deu exclusivamente sobre as contratações emergenciais  relacionadas à COVID-19.

À época, as compras emergenciais feitas pela Sesau (Secretaria de Saúde) não constavam no Portal da Transparência devido à recomendação da CGE-RR(Controladoria Geral do Estado) e  da PGE-RR (Procuradoria Geral do Estado), de cancelamento da maioria dos processos por indícios de irregularidades.”, conclui.