A partir de agora, Boa Vista passa a contar com a Política Municipal de Alfabetização e Letramento, estruturada para fortalecer as ações pedagógicas voltadas à leitura e à escrita em todas as etapas da educação básica. O programa está alinhado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com foco na garantia do direito de aprender na idade certa.
A iniciativa busca promover uma educação pública de qualidade, equitativa e inclusiva, com estratégias que valorizam práticas de leitura e escrita com prazer e compreensão. Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Lincoln Silva, o novo direcionamento consolida metas e orientações para toda a rede.
“Essa medida consolida diretrizes para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do Ensino Fundamental. Além disso, reforça ações voltadas à recomposição das aprendizagens dos alunos do 3º ao 5º ano, ainda afetadas pelos impactos da pandemia”, afirmou.
Uma das experiências apresentadas durante o lançamento foi a da Escola Municipal Raimundo Eloy Gomes, que se destaca pelo trabalho de alfabetização com metodologias inovadoras. A gestora Edinar Castro Sousa explicou a abordagem aplicada com consciência fonêmica e os resultados alcançados.
“Desde 2024, a escola investe em ações estratégicas que estimulam a leitura e a escrita por meio de jogos, leitura compartilhada e espaços adaptados tanto dentro quanto fora da sala de aula. O trabalho rendeu reconhecimento com o Prêmio Destaque em Alfabetização, valorizando o ambiente escolar criativo e acolhedor. A escola trabalha pautada nessa perspectiva de que letrar e alfabetizar é possível a partir de um ambiente que promove essas ações”, disse.
Estrutura da nova política de alfabetização
A Política Municipal de Alfabetização e Letramento define marcos de aprendizagem desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), garantindo continuidade e monitoramento dos estudantes ao longo de toda a formação. Entre as ações previstas, destaca-se o Projeto de Correção de Fluxo, criado para atender alunos com distorção idade-série e dificuldades de aprendizagem.
O documento também estabelece formação continuada para professores, acompanhamento pedagógico sistemático e avaliações internas bienais para mensurar o avanço da alfabetização em toda a rede.
Materiais didático-pedagógicos específicos serão produzidos e distribuídos para fortalecer a prática docente, alinhados às metodologias de leitura, escrita e alfabetização matemática. A política inclui ações voltadas a escolas indígenas, do campo, contextos bilíngues e educação especial, considerando a diversidade linguística e cultural do município.








