A comunidade indígena Vista Nova, no Baixo São Marcos, se transformou no centro das comemorações do Festejo do Peixe deste ano. Com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, o evento que iniciou no dia 12 e segue até o dia 16, possibilita que moradores e visitantes tenham a oportunidade de vivenciar a cultura indígena em sua essência e de celebrar junto com a beleza, a força e a continuidade das tradições.
Nesta quinta-feira, 14, o Prefeito Arthur Henrique, secretários municipais e convidados, prestigiaram a 11ª edição do evento e destacou a importância dos investimentos feitos na área indígena que geram resultamos positivos, que impactam na vida dos moradores, assim como o tradicional Festejo do Peixe.
“Estamos celebrando umas das principais atividades desenvolvidas aqui na região. A gestão apoia as comunidades nos setores da agricultura, cultura, educação, dentre outros. Não poderíamos faltar nessa grande festa que mostra o resultado desse trabalho”, disse Arthur.
O evento que reúne moradores, alunos e professores de 13 comunidades indígenas, já faz parte do calendário cultural do município. “Aqui temos um intercâmbio de cultura, além de aprendizado e aproximação. A participação da prefeitura é muito importante porque ela nos dá todo suporte que precisamos para o festejo acontecer”, explicou o Tuxaua da Comunidade Vista Nova, Atenison Oliveira.
Jogos escolares
Neste período, também acontecem os Jogos Escolares do Baixo São Marcos. Com mais de 300 alunos da rede municipal competindo em categorias que vão do infantil ao adulto, nas modalidades masculina e feminina.
Os jogos são um momento de integração e incentivo à prática esportiva. As competições incluem futebol, arco e flecha, cabo de guerra e o concurso da melhor Damurida, trazendo um toque de sabor e tradição aos desafios esportivos.
Moro-Mori
Além da festa e dos jogos, o evento destaca um importante projeto de desenvolvimento sustentável para as comunidades indígenas: o Projeto Moro-Mori que incentiva a prática da piscicultura e traz melhorias econômicas e nutricionais para os povos locais.
Implantado pela gestão municipal, o projeto já escavou tanques em 11 comunidades e oferece capacitação e assistência técnica às famílias, além de fornecer alevinos, ração e equipamentos como redes, balanças e motores-bomba.
Até o momento, quatro comunidades — Serra da Moça, Darôra, Campo Alegre e Ilha — já fizeram despescas, contabilizando mais de 8 toneladas de peixe. A expectativa é de que todas as comunidades do Baixo São Marcos contem com tanques de piscicultura até junho de 2025, ampliando ainda mais o alcance do projeto e consolidando a segurança alimentar e a geração de renda na região.
“Neste encontro de tradições, a SMAAI reforça o compromisso da prefeitura com as comunidades com suas raízes culturais e com um futuro de prosperidade e autossuficiência”, destacou o secretário Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto.