Em Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), prefeito da capital, tem 62,6% das intenções de voto, segundo pesquisa Futura Inteligência divulgada na última quinta-feira (12). Ele enfrenta neste pleito a deputada estadual Catarina Guerra (União), o arquiteto Mauro Nakasiha (PV), e o dentista Lincoln Freire (Psol).
Faltando três semanas até o primeiro turno das eleições municipais, que será realizado no dia 6 de outubro, outros sete prefeitos de capitais despontam com amplo favoritismo nas pesquisas e têm o seu plano de se reeleger bem encaminhado. Em Maceió, Macapá, Salvador, São Luís, João Pessoa, Recife e Rio de Janeiro, os atuais prefeitos também devem ser reeleger no primeiro turno.
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, é o favorito nas eleições da capital, segundo o instituto Datafolha. A pesquisa do dia 5 aponta Paes próximo da reeleição, com 59% das intenções de voto. Logo em seguida, vêm os deputados federais Delegado Ramagem (PL) e Tarcísio Motta, com 11% e 6%, respectivamente.
Prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), aparece com 73% das intenções votos, conforme pesquisa Futura Inteligência, publicada no último dia 6. O deputado federal Rafael Brito (MDB) aparece em segundo lugar, com 10%.
Outras capitais nordestinas em que o atual prefeito está na dianteira contra um deputado federal são São Luís e João Pessoa. O prefeito da capital maranhense, Eduardo Braide (PSD), tem 60% das intenções contra 21% do deputado Duarte Jr (PSB), segundo a pesquisa Quaest do dia 9. Cícero Lucena (PP), prefeito da capital paraibana, tem 53% das intenções de voto, conforme a Quaest, e está à frente do deputado Ruy Carneiro (Podemos), com 11%
Em Salvador, o atual prefeito Bruno Reis (União Brasil) enfrenta o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB). De acordo com a pesquisa do instituto Futura Inteligência, do dia 9, Bruno tem 69% e caminha para a reeleição contra os 10% do vice-governador do estado. Ainda na região Nordeste, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), aparece com 76% das intenções de voto, segundo a pesquisa Quaest da última quarta-feira (11).
Na região Norte, em Macapá, o prefeito da capital amapaense, Dr. Furlan (MDB), aparece com 86,2%. A pesquisa do instituto Futura Inteligência, publicada na terça-feira (10), além de apontar o encaminhamento da reeleição, também evidenciou a distância entre o prefeito e os demais candidatos. O segundo e terceiro colocado aparecem empatados com 3,4% das intenções.
Em Rondônia, Mariana Carvalho (União Brasil), que concorre à prefeitura de Porto Velho, é a única candidata com chances de ser eleita em primeiro turno, que não é a atual mandatária do município. Foram avaliadas pesquisas eleitorais publicadas neste mês referentes às 26 capitais estaduais brasileiras.
Ela aparece com 55,8% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa Futura Inteligência do dia 4. A capital de Rondônia atualmente é comandada por Hildon Chaves (PSDB), que está no segundo mandato, e apoia Mariana.
Em Vitória, o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), aparece numericamente acima dos 50% das intenções de voto. Porém, pela margem de erro da pesquisa Quaest, de três pontos percentuais, os 51% de Pazolini podem variar para 54% ou 48%. No segundo caso, não seria possível a reeleição em primeiro turno.
Favoritismo e reeleição
Para o sociólogo e diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres, o favoritismo dos atuais prefeitos, segundo as pesquisas apontam, relaciona-se com a avaliação do governo. “Em cenários onde você tem um candidato a prefeito no exercício do cargo disputando a reeleição, as eleições consumam-se quase que publicitárias, no sentido de avaliação da gestão”, explica.
Ele argumenta que se a gestão pública feita pelo mandatário é bem avaliada, a tendência é que o eleitorado opte pela manutenção do governo. Outro ponto levantado pelo especialista é que a máquina pública e a capacidade de comunicação dos atuais prefeitos são elementos que corroboram para o período eleitoral.
“Se a gestão está sendo bem avaliada, a tendência é que esse prefeito tenha um potencial eleitoral muito forte. Porque acaba que é indiscutível que o peso da máquina e o peso da capacidade de comunicação que esse político no exercício do mandato tem para disputar a reeleição é muito forte. E acaba, de certa maneira, até desequilibrando a disputa a favor de quem está no mandato”, aponta Arilton Freres.