Os desastres socioambientais causados pelas mudanças do clima têm atingido o Brasil de diferentes formas e, em todos os casos, com efeitos devastadores. Por causa das queimadas recordes, Roraima está em estado de emergência.

De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Roraima concentra 27,3% dos focos de incêndio de todo o país, com mais de 4.144 registros de 1º de janeiro até essa segunda-feira (8).

Em Roraima, o projeto irá distribuir materiais para apoiar a reabilitação e o restabelecimento do abastecimento de água das comunidades atingidas pelas queimadas na Terra Indígena São Marcos, cujos sistemas de abastecimento foram destruídos pelo fogo. Assim, o principal objetivo é facilitar o acesso à água para uso doméstico por 954 famílias (5.300 indivíduos).

Vale ressaltar que as comunidades selecionadas para este projeto são aquelas impactadas por danos em suas estruturas. Das 49 comunidades da região, 26 foram afetadas e receberão apoio material para reconstrução. Além disso, a equipe da Cáritas está realizando a análise da qualidade da água das comunidades contempladas.

“Ao todo, serão investidos mais de R$100 mil, que possibilitarão a compra de 23 mil metros de canos hidráulicos e 26 caixas d’água”, informou o assessor nacional da Cáritas Brasileira, Well Leal.

De acordo com Maria Francelina da Silva Neta, Tuxaua da Comunidade Indígena São Francisco, uma das beneficiadas pelo apoio humanitário, a doação do material virá em boa hora, garantido mais dignidade às 24 famílias que vivem no local.

“Hoje, a nossa distribuição de água está sendo feita por meio de baldes que usamos para coletar água de um rio próximo à comunidade. Agora, com a doação de canos e caixas d’água, essa distribuição ficará mais facilitada para todos nós”, garantiu.

A previsão é que as distribuições tenham início em abril. Após essa etapa haverá visitas de acompanhamento técnico das reconstruções, além de momentos de diálogo e formação para promoção de higiene pessoal. Duas semanas após a distribuição e reconstrução terá início a Pesquisa de Monitoramento Pós-Ação (PDM).

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