Foto: Câmara dos Deputados

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou aos membros da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que trabalha em uma instrução normativa que vai permitirá a fiscalização das emendas parlamentares individuais, do tipo “transferências especiais”, que são feitas para estados e municípios.

Essas emendas feitas ao Orçamento da União, no formato atual, de caráter impositivo, foram criadas em 2019 pela Emenda Constitucional 105, passando de R$ 600 milhões em 2020 para cerca de R$ 7 bilhões lei orçamentária deste ano.

Na audiência, consultores orçamentários do Congresso lembraram que as transferências especiais foram criadas a partir de uma frustração com a demora na liberação das transferências com finalidade específica, por meio de convênios. As especiais, chamadas de “emendas pix” por alguns convidados da audiência, permitiram uma transferência mais rápida, sem a necessidade de convênios ou projetos específicos.

Fiscalização dividida

O chefe da representação do TCU no Rio Grande do Sul, Guilherme de Souza, disse que, em março deste ano, o tribunal decidiu que a fiscalização da execução dos recursos deve ser feita pelos tribunais de contas estaduais e municipais porque, com a transferência sem contrapartidas, o dinheiro passa a ser dos entes federados.

O TCU ficará apenas com a fiscalização das condicionantes legais para a liberação das emendas, que são a proibição para pagamento de pessoal ou dívida e a aplicação de 70% em investimentos. Segundo Guilherme de Souza, na instrução normativa que vai regular a decisão do TCU constará que os dados terão que ser colocados no sistema TransfereGov. Também será feito um acordo de cooperação técnica entre TCU, Controladoria-Geral da União (CGU) e tribunais de estados e municípios para troca de informações.

 

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