Foto: Laura, Fernando e Luciano Huck no The Wall, game show do Domingão com Huck - Reprodução - TV Globo

Empatia, respeito, solidariedade e amor. Essas são as palavras que traduzem o trabalho do Refúgio 343, organização humanitária dedicada à reinserção socioeconômica de refugiados e migrantes por todo o território nacional. Neste domingo (13), os cofundadores da ONG, Fernando Rangel e Laura Fatio, participaram do The Wall, quadro do Domingão do Huck, da TV Globo, com o objetivo de levantar recursos para o apoio às pessoas em situação de refúgio e migração no Brasil.

No programa, entre muitas reviravoltas, a dupla conseguiu angariar R$ 350 mil. O prêmio será aplicado no desenvolvimento do projeto humanitário, que trabalha com dois eixos sociais: acolhimento e educação. De acordo com Fernando, para a participação na atração dominical, foram necessárias horas de preparação e estudo de edições anteriores.

“É um jogo de perguntas e respostas e, por isso, estudamos o programa, para estarmos preparados para o grande dia. É muita tensão envolvida, porque é preciso pensar rapidamente e ter sintonia com a dupla”, conta o ativista, que decidiu em 2019 se dedicar integralmente às causas humanitárias — a ideia de participar do programa era justamente conseguir recursos para ajudar famílias refugiadas e migrantes em situação de vulnerabilidade. “O jogo foi muito dramático. Começamos bem, mas, de repente, tudo virou e começamos a despencar. Erramos perguntas importantes. Até que, no final, decidimos arriscar e investir as bolas na última casa. Podíamos ter perdido tudo, ficar com saldo negativo, mas conseguimos recuperar e atingir o segundo maior prêmio do programa: R$ 350 mil. Foi histórico e muito emocionante”, lembra Fernando.

Campanha “Recomeço”

Apesar do resultado final no The Wall, o valor angariado não bateu a meta necessária para a transformação da vida de 420 refugiados e migrantes no Brasil, como proposto anteriormente. Para atingir a marca, a ONG lançou a campanha “Recomeço” (https://refugio343.colabore.org/recomeco). A meta é arrecadar R$ 500 mil até 12/09, para apoiar o acolhimento de refugiados e migrantes até o final do ano.

“Estamos transbordando de felicidade pela participação no programa, mas ainda precisamos muito de ajuda, porque todos os dias chegam ao Brasil cerca de 300 refugiados e migrantes em busca de acolhimento e de uma oportunidade para recomeçar. São famílias inteiras, com crianças, idosos e mulheres sem moradia, alimento e emprego”, concluiu Fernando Rangel.

Eixos de desenvolvimento social

O Refúgio 343, nasceu em 2019 em resposta ao que é, hoje, o maior desafio migratório da história recente. A organização trabalha com os eixos de desenvolvimento social e ajuda humanitária através dos pilares de acolhimento e educação.

No pilar “acolhimento”, a ONG tem apoiado refugiados venezuelanos, com a participação de pessoas e empresas que se comprometem a auxiliar as famílias em sua adaptação, busca por emprego e moradia, custeando os gastos iniciais e apoiando a inclusão delas nos sistemas de saúde e educação brasileiros. Os resultados dessa corrente do bem são notáveis: mais de 3,7 mil pessoas impactadas em 231 municípios de 20 estados brasileiros.

Já o pilar “educação” é promovido a partir da Escola Refúgio, com sede em Boa Vista (Roraima). No local, são oferecidos gratuitamente cursos de língua portuguesa, educação intercultural e cursos profissionalizantes. Mais de 4 mil certificados já foram entregues, com mais de 150 turmas formadas.

Impacto Refúgio 343 

+ de 3.700 vidas transformadas;
+ de 1.900 famílias acolhidas;
+ de 4.600 certificados entregues pela Escola Refúgio;
86% das famílias independentes;
82% das crianças na escola.

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