Foto: Clever Barbosa

Morreu, na madrugada desta segunda-feira (17/7), o músico João Donato, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. A morte foi em decorrência de vários problemas de saúde. Há pouco tempo, ele teve infecção nos pulmões. Donato era pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor. O velório do artista será no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O horário ainda não foi divulgado.

João Donato tinha 74 anos de trajetória musical. Nascido em 17 de agosto de 1934, no Acre, o artista manifestava interesse em música desde a infância. Aos 15 anos, ele já tocava sanfona no programa Manhãs na roça, de Zé do Norte  — autor a trilha sonora do filme O cangaceiro, de Lima Barreto.

Aos 22 anos, Donato gravou o primeiro disco, Chá dançante, em 1956, sob direção musical de Tom Jobim. Quando recebeu um convite do violonista Nanai para se juntar ao grupo Bando da Lua, em Lake Tahoe,
nos Estados Unidos (EUA), em 1959, Donato não hesitou. Nos EUA, Donato se enturmou com músicos latinos. Tocou com Mongo Santamaria, Tito Puente, Ralph Peña, Eddie Palmieri e Johnny Martinez.

O músico permaneceu em solo norte-americano por treze anos. Lá, ele gravou o disco A bad de Donato e compôs as músicas  Amazonas, A Rã e Cadê Jodel. Donato é visto como um expoente da bossa nova, ao lado de João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Como arranjador, ele participou de discos de grandes nomes da música popular brasileira, como Gal Costa e Gilberto Gil.

Em 2016, Donato foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Instrumental, pelo álbum Donato Elétrico. O disco também foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 11º melhor álbum brasileiro daquele ano.

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