Foto: arquivo/ SupCom ALERR

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) solicitou no último dia 6 de julho a prisão preventiva do ex-deputado estadual Jalser Renier. O pedido foi feito dois dias após o deputado Jorge Everton (União) e o ex-parlamentar protagonizarem uma briga física em uma pizzaria de Boa Vista.

Conforme o requerimento, publicado no Diário Oficial do órgão nesta segunda-feira (10), a medida visa garantir a proteção dos parlamentares.

A Assembleia pede ainda a proibição do ex-deputado de frequentar a sede da Casa Legislativa, bem como de se aproximar ou manter contato, até mesmo pelas redes sociais, com os deputados Jorge Everton e Soldado Sampaio (Republicanos), além das demais testemunhas envolvidas no processo relacionado ao Caso Romano dos Anjos.

O requerimento também solicita a imposição, novamente, das medidas cautelares anteriormente decretadas pelo Poder Judiciário, “considerando as circunstâncias atuais e a necessidade de evitar possíveis ameaças ou atos prejudiciais”.

E, por fim, os deputados pedem a proibição de novos “ataques” de Renier através de transmissões ao vivo e manifestações em redes sociais.

O deputado Jorge Everton e o ex-deputado Jalser Renier protagonizaram uma briga física no dia 4 de julho, em uma pizzaria no bairro Caçari, zona Leste de Boa Vista.

Segundo testemunhas, a discussão entre eles começou quando Renier xingou Jorge Everton e o parlamentar retrucou, o chamando de “miliciano”.

A briga logo se tornou física, envolvendo socos e empurrões. Um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, mostra Jalser indo embora em um carro, mas antes, o ex-deputado ameaça Everton.

Logo após a confusão, Renier fez uma transmissão ao vivo. Na ocasião, ele informou o local onde iria jantar naquele dia, “sem seguranças”.

Os políticos já foram aliados na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), assim como do atual presidente da Casa, Soldado Sampaio (Republicanos) e do governador Antonio Denarium (PP).

Tudo mudou após Everton ser o relator do processo que cassou Jalser por quebra de decoro parlamentar. Desde então, eles são adversários.

Jalser Renier é suspeito de ser o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos. Ele chegou a ser preso em outubro de 2021 durante a segunda fase da Operação Pulitzer. No entanto, em dezembro do mesmo ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao ex-deputado e, em seguida, liberou a retirada da tornozeleira eletrônica.

Ele teve o mandato cassado no dia 28 de fevereiro de 2022 por quebra de decoro parlamentar. O processo de cassação se estendeu por três meses.

Jalser levou o caso à Justiça a fim de parar as oitivas na Subcomissão de Ética que ouviria 32 testemunhas. Ele teve o pedido atendido pelo desembargador Mozarildo Cavalcanti. No entanto, acabou derrotado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Após as oitivas, Renier fez tudo para evitar a cassação. Moveu ações judiciais pedindo anulações, atacou o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), o chamando de agiota bem como disparou ofensas contra outros deputados. Ele até expôs à época que o marido da procuradora-geral do Ministério Público de Roraima (MP), Janaína Carneiro, tinha cargo comissionado no Governo do Estado.

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