Reunião da Comissão de Relações Fronteiriças - Foto: Marley Lima/ SupCom ALE-RR.

A situação de empresários impedidos de entrar com cargas na Venezuela e com risco de perda dos produtos devido ao prazo de vencimento, motivou a Comissão de Relações Fronteiriças, Mercosul, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação da Assembleia Legislativa (ALE-RR) a buscar apoio, nesta quinta-feira (15), à bancada federal para mediação de diálogo com ministérios.

Na pauta, os temas foram o impasse da travessia de carga pela fronteira do Brasil com a Venezuela por Pacaraima, Norte do Estado, prejuízo dos empresários e a ameaça da queda de renda dos trabalhadores. Nesta semana, os caminhoneiros doaram parte da carga perecível em Pacaraima por medo de desperdício devido ao curto prazo de validade dos frios e embutidos.

“Temos em torno de 700 a 800 cargas que se encontram tumultuadas, com produtos vencendo, e, infelizmente, não estamos conseguindo a liberação para a Venezuela. Esses empresários estão desesperados. Motoristas estão há meses parados e estamos em busca de soluções”, adiantou o presidente da comissão.

Os parlamentares apresentaram sugestões de órgãos e autoridades para serem consultados na próxima semana, como a Receita Federal, Itamaraty e os ministérios da Indústria e Comércio, Economia e Justiça. “Estamos em contato com a bancada de Brasília. O nosso vice-presidente Marcos Jorge está conversando com os parlamentares federais para que o mais rápido possível possamos buscar esse entendimento”, acrescentou Idázio da Perfil.

O problema, segundo ele, surgiu com a mudança nos termos de importação e exportação por parte da Venezuela. “Não é toda mercadoria brasileira, para deixar bem claro. É mais a linha de frios. Queremos que as autoridades venezuelanas nos digam o que o Brasil pode exportar. Mesmo diante da crise na Venezuela, o Brasil acolhe os imigrantes com dignidade”, afirmou, destacando a necessidade de harmonia entre os países.

“Dez carretas vencidas de frios equivalem a R$ 3 milhões, mas nós não falamos só de valores, também de empregos. Quando mandamos duas mil carretas para a Venezuela, se não resolvermos isso rápido, teremos dez mil demissões”, disse.

A comissão formalizará o contato com a União e parlamentares da bancada federal para reuniões em Brasília nos próximos dias.

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