Reunião para debater mudanças no Plano Diretor da capital. Foto: Jonathas Oliveira/Semuc BV.

A Prefeitura de Boa Vista concluiu com sucesso as reuniões comunitárias para a revisão do Plano Diretor. Os últimos encontros ocorreram no dia 13 de maio, na zona rural da cidade, encerrando esta etapa de forma participativa e democrática. Com isso, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), instituição que presta assessoria técnica e metodológica no processo de revisão, apresentou o relatório com as demandas da população.

Ao todo, foram realizados 10 encontros na área urbana, entre os dias 27 e 31 de março, um na terra indígena São Marcos (dia 10 de maio), e dois na zona rural (13 de maio). A liberdade de expressão foi valorizada, permitindo que as pessoas compartilhassem avaliações e percepções sobre as qualidades e problemas que afetam o dia a dia nos bairros, na cidade e na área rural, inclusive apontando possíveis soluções para enfrentar os desafios identificados.

O presidente da Emhur, Sérgio Pillon, destacou que a participação ativa da população é fundamental para a construção de uma cidade mais inclusiva, sustentável e voltada para o bem-estar de todos. “Agora, com o relatório/diagnóstico em mãos, teremos informações valiosas para orientar a revisão do Plano Diretor. As contribuições da comunidade servirão como base para a tomada de decisões e para a implantação de políticas públicas que atendam aos anseios da população”, declarou.

As reuniões revelaram um conjunto de aspectos importantes relacionados ao crescimento e o processo de ocupação urbana de Boa Vista. Os cidadãos relataram que devido ao aumento da população e da procura por imóveis, os aluguéis têm ficado cada vez mais caros em determinadas regiões da cidade. Também foi destacada a necessidade de valorização das margens dos igarapés, vistos como um “cinturão verde” de Boa Vista.

Em alguns bairros, os moradores pedem por mais calçadas e aumento na oferta de ônibus. A população de uma forma geral também pede por programas de habitação, devido aos altos custos para aquisição ou aluguel de um imóvel. Outra demanda relacionada à habitação é a intensificação da regularização fundiária.

População da área urbana destaca a qualidade da iluminação pública

Por meio do programa Boa Vista 100% LED, a Prefeitura tem substituído as antigas lâmpadas por novas de LED. Estas luminárias oferecem mais eficiência na claridade e durabilidade que uma lâmpada convencional. Atualmente, cerca de 50 bairros da capital já tiveram todas as vias contempladas. Todo esse trabalho foi reconhecido pela população durante as reuniões comunitárias.

No Nova Cidade, a população destacou a iluminação de LED como ponto positivo da região. Além disso, eles listaram uma série de fatores que tornam o bairro um lugar bom para se viver, como praças bem estruturadas, Unidade Básica de Saúde (UBS) com horário estendido, limpeza urbana e segurança.

No bairro Cidade Satélite, além da iluminação pública, os aspectos listados como positivos pela população foram a mobilidade urbana, especificamente relacionado com a boa qualidade dos acessos de alguns bairros e a abundante oferta de pontos de ônibus. Com relação às dificuldades vivenciadas pelos moradores, foram citados problemas relacionados com saneamento básico e abastecimento de água.

Os moradores do bairro Piscicultura também destacaram a iluminação de LED e relataram a qualidade da sinalização de ruas e avenidas como um aspecto positivo. Os munícipes ainda falaram de forma positiva sobre a oferta de equipamentos comunitários, como escolas, creches e postos de saúde.

Moradores da zona rural destacam presença da Prefeitura com o PMDA

Outro programa da Prefeitura de Boa Vista que faz a diferença na vida da população, desta vez na zona rural, mas especificamente no Projeto de Assentamento (P. A) Nova Amazônia, é o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA). Desde 2018, o programa já atendeu mais de 630 famílias com insumos, máquinas e implementos que viabilizam o cultivo de lavouras diversas.

Nas reuniões comunitárias da zona rural todos destacaram que o PMDA, além de fomentar a agricultura familiar, também permite a fixação do homem no campo. Como ponto negativo, os agricultores destacaram a falta de escolas da rede estadual de ensino, que atendam alunos do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. Atualmente, quando saem da rede municipal, que conta com escolas na região, as crianças são obrigadas a percorrerem grandes distâncias para estudarem em outras localidades.

COMUNIDADES INDÍGENAS – Um dos principais aspectos relatados pelos tuxauas das 13 comunidades da Terra Indígena São Marcos, localizadas dentro do território de Boa Vista foi a respeito ao modo de vida das comunidades e o fato de serem livres para circular em seu território e fazerem suas atividades.

Outro destaque foi em relação aos projetos em parceria com o poder público, que vêm apoiando a agricultura, a criação de animais e a piscicultura nas comunidades. Esses projetos dão suporte por meio da cessão de maquinários e insumos para o plantio. As lideranças indígenas também destacaram o ensino do idioma Macuxi para os estudantes nas escolas da região. Apesar disso, alguns Tuxauas relataram que a língua tem se perdido, pois há poucas pessoas fluentes nas comunidades.

O relatório das reuniões comunitárias está presente no “Produto 3 – Leitura Comunitária”, disponível no botão de produtos no site do Plano Diretor, no endereço https://boavista.rr.gov.br/plano-diretor.

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