Foto: Leo Costa/Semuc BV.

Os agentes comunitários de endemias (ACEs) de Boa Vista iniciaram o 1º Ciclo de Borrifação Intradomiciliar para prevenção e combate à malária. A ação, que faz parte da estratégia anual da prefeitura, ocorre em quatro bairros com áreas de risco para a doença, de acordo com o levantamento feito pela Unidade de Vigilância e Controle de Zoonozes do município (UVCZ).

“Os bairros identificados com áreas de riscos para o vetor transmissor da malária são Equatorial, Jardim Caranã, União e Sílvio Leite”, informou o supervisor geral de Endemias, Creomar Oliveira Silva.

Participação de todos – Os agentes de endemias vão de casa em casa, levando o inseticida para fazer a borrifação nas paredes das residências. “O mosquito tem contato com o inseticida que fica nas paredes, leva o veneno nas patas e morre, interrompendo o ciclo”, explicou.

“O inseticida não é perigoso para as pessoas, é nocivo apenas para os mosquitos”, ressaltou Creomar, que também destacou a importância dos moradores receberem os agentes que vão uniformizados fazer a borrifação. “É uma ação que tem que ter a participação de todos para conseguirmos combater a malária”.

Estatística – De acordo com a UVCZ, nos quatro primeiros meses desse ano 4.247 pessoas testaram positivo para malária, sendo que 205 foram de casos contraídos em Boa Vista. Os números são maiores do que o mesmo período do ano passado, quando 4.105 exames deram positivo, sendo que 125 foram de casos contraídos na capital.

O morador do bairro Jardim Caranã, Diecley Costa, se preocupa com esse aumento e abriu as portas de casa para receber os agentes de endemias. “É bom esse trabalho de borrifação feito pela prefeitura, para não aumentar mais os casos de malária e proteger nossos filhos”, declarou.

A aposentada Hermínia Coutinho, de 84 anos, também recebeu os agentes de endemias. “Quero essa doença bem longe da minha casa, já tive muitos casos de malária na família e eu não quero pegar essa doença”, disse ela.

Transmissão  A malária é uma doença infecciosa transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles, infectadas pelo protozoário Plasmodium. Os principais sintomas da doença são: febre alta, calafrios, tremores, suor e dor de cabeça. O mosquito também é conhecido como carapanã, muriçoca, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer.

Tratamento – Não existe vacina contra a malária. Mas o tratamento é eficaz e os medicamentos estão disponíveis gratuitamente na rede básica de saúde do município. Se não for tratada, a malária pode matar. Em caso de suspeita dos sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para descobrir se está com a doença.

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