Foi lançado em Boa Vista o programa “Mujeres Fuertes”, iniciativa que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo entre mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas. Já no lançamento, 50 mulheres serão beneficiadas com ações de empoderamento, capacitação, acompanhamento psicossocial e incentivo às iniciativas empreendedoras na área gastronômica.
O projeto é resultado de ação conjunta entre a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) de Roraima, com a coordenação da Associação Hermanitos e do Minitério Público do Trabalho (MPT), e conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), ONU Mulheres, Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11º Região) e Operação Acolhida.
A iniciativa nasceu após diferentes levantamentos apontarem para grandes índices de mulheres venezuelanas que são as únicas responsáveis pelo sustento de suas famílias. Para muitas dessas mulheres, a produção e venda de alimentos tem sido uma forma emergencial de conseguir renda, em especial entre aquelas que chegam sozinhas com filhas e filhos ao Brasil.
“Além do investimento na capacitação profissional e na inserção laboral das participantes, o projeto tem proposta pedagógica diferenciada ao ser focada em mães solo, e ser alicerçada no fortalecimento das redes de proteção entre elas. Mulheres com acesso a renda e com redes de suporte fortalecidas têm maiores recursos para fazer frente a situações de preconceitos, xenofobia e violência, e mais possibilidades para a integração local. A parceria da ONU Mulheres tem o objetivo de contribuir ao desenvolvimento de capacidades das profissionais envolvidas e das mulheres participantes”, explica a especialista em Transversalização de Gênero da ONU Mulheres, Mariana Cursino.
Uma vez selecionadas, as 50 mulheres passarão por treinamentos e capacitações. Durante o desenvolvimento da iniciativa, as participantes receberão apoio com utensílios de cozinha e capital semente para iniciarem o próprio negócio.
