Foto: Yur Corteza/AFP

Um deslizamento de terra provocado por fortes tempestades deixou ao menos 25 mortos e 52 desaparecidos na noite de domingo, 9, em Las Tejerías, cidade na região central da Venezuela. Moradores apoiam os esforços de resgate, juntamente com as autoridades, usando picaretas e pás.

Mesmo com a chegada da noite, as buscas pelos desaparecidos não pararam. Autoridades levaram holofotes, drones e até cães farejadores para tentar encontrar sobreviventes do pior deslizamento deste ano no país.

No sábado, a chuva levou destroços e troncos de árvores de montanhas vizinhas para Las Tejerías, que fica a cerca de 50 quilômetros da capital, Caracas. A chuva prevista para um mês inteiro caiu em apenas oito horas, com força suficiente para derrubar torres de telefonia.

Uma grande quantidade de lama invadiu casas e lojas da cidade, onde vivem cerca de 50 mil pessoas. Segundo a agência de notícias AFP, a elevação do nível das águas de um rio que passa pela região também arrastou carros, pedaços de casas e antenas telefônicas.

Após relatos de mortos e desaparecidos, o presidente Nicolás Maduro declarou três dias de luto nacional pelas vítimas, enquanto os venezuelanos foram às redes sociais para oferecer assistência à cidade.

Dois importantes estádios de beisebol do país, em Maracay e Caracas, foram transformados em centros de coleta de itens para ajudar a população de Las Tejerías.

Treze pessoas já haviam morrido no país nas últimas semanas em decorrência de desastres causados pelas chuvas. No estado de Zulia, importante centro petroleiro da Venezuela, autoridades também lideram com inundações resultantes das chuvas atípicas.

De acordo com a vice-presidente Delcy Rodríguez, a prioridade é encontrar pessoas ainda presas sob os destroços.

“Perdemos meninos e meninas”, disse. “O que aconteceu na cidade de Las Tejerías é uma tragédia”.

 

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