O Instituto Federal de Roraima (IFRR) informou que terá também de passar por uma reprogramação orçamentária. Mais cedo, foi a Universidade Federal de Roraima (UFRR), quem emitiu nota, informando o bloqueio no orçamento do Executivo federal, sendo o setor de educação o mais afetado, em R$ 3 bilhões.
Para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o impacto foi de R$ 147 milhões e, para o IFRR, especificamente, de R$ 1.151.433,90, o que deverá afetar diretamente as atividades desenvolvidas nos cinco campi da instituição e os 5.121 estudantes de ensino técnico e superior.
“Diante desse novo bloqueio financeiro, a gestão do IFRR, em atuação na Reitoria, informa que uma reunião de replanejamento está sendo definida para tratar do novo cenário orçamentário da instituição, pois esta, assim como os demais institutos do Brasil, deverá organizar mais uma estratégia de enfrentamento aos sucessivos impactos financeiros que vem sofrendo, em determinação do Governo Federal”, informa o IFRR.
“Esse bloqueio, somado ao corte ocorrido em junho deste ano, totaliza mais de R$ 300 milhões em baixa para a Rede Federal. Com isso, a possibilidade de serviços essenciais, como os de limpeza e segurança, além de outros, como o de assistência estudantil, sofrerem descontinuação é iminente, o que deverá impactar diretamente as demais atividades do instituto, como as laboratoriais e as de campo, imprescindíveis para o ensino, a pesquisa e a inovação”, continua.
“A gestão faz questão de destacar que lamenta a medida do governo federal, que atinge o setor de educação com o maior bloqueio financeiro, sendo esta uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento do País. Mas, apesar disso, garante à sociedade roraimense que, diferentemente do Executivo federal, adotará a postura mais sensível e sensata possível, reconhecendo a importância da educação para o estado e para todo o País”, conclui.
“Não há corte”, diz ministro sobre bloqueio de verba das universidades
O ministro da Educação, Victor Godoy, negou a existência de redução no orçamento da pasta. Na quarta-feira (5), diversas organizações e institutos educacionais repudiaram o congelamento de 5,8% da verba de órgãos ligados ao Ministério da Educação (MEC) até dezembro. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6), Godoy afirmou que o bloqueio não afeta em “nenhum centavo” as universidades e institutos federais.
Godoy afirmou que não haverá suspensão de verbas, mas admitiu que a medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 30 de setembro bloqueará parte do orçamento por um período. “É um bloqueio. Foi reduzido de R$ 2 bilhões para R$ 1,3 bilhão. Não afeta em nenhum centavo as universidades e institutos federais. Esse governo foi absorvido pelo MEC”, disse.
O ministro chamou o bloqueio de “limite na movimentação financeira” dos órgãos ligados ao MEC. Segundo Godoy, as instituições não poderão movimentar toda a verba disponível em um único mês. Os gastos deverão ser distribuídos entre os meses de outubro e dezembro, afirmou.