Roraimense foi escolhido novo ministro do TCU. Foto: divulgação/Câmara dos Deputados.

Em uma estratégia já projetando a campanha por mais um mandato à frente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) busca ganhar tempo para construir um consenso em torno do nome que será escolhido pelos deputados para a vaga a ser aberta no Tribunal de Contas da União (TCU). Há cinco nomes na disputa, e o presidente elegeu o seu preferido — mas, por ora, o objetivo é estender o calendário para que a definição ocorra sem fissuras que possam prejudicar o projeto de reeleição no comando da Casa.

Lira tem acordo com o Republicanos para apoiar Jhonatan de Jesus (RR), nome do partido e ex-líder da bancada. Com 42 deputados, a legenda pode ser determinante para que ele, caso conquiste um novo mandato de deputado nas urnas, seja reconduzido à chefia da Casa no biênio 2023-2024. Segundo aliados, Lira quer ganhar tempo na missão de negociar apoio a Jhonatan, que sofre resistência entre os pares. Por outro lado, outros concorrentes também buscam ser apadrinhados pelo presidente da Câmara, a quem cabe marcar a data de votação. Ele tem dito a interlocutores que só pretende agendar o pleito após as eleições gerais, em outubro.

Embora haja negociações para pacificar a escolha, as movimentações dos deputados interessados na vaga estão em curso. Soraya Santos (PL-RJ) e Hugo Leal (PSD-RJ) também buscam a bênção de Lira. Fábio Ramalho (MDB-MG), por sua vez, tenta uma candidatura independente, buscando votos na esquerda e na direita. Há ainda no páreo o bolsonarista Hélio Lopes (PL-RJ), que deve lançar seu nome como postulante avulso.

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