Enquanto nos últimos 30 anos, as Terras Indígenas (Tis) perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa, nas áreas privadas a perda chegou a 20,6%, o equivalente a 47,2 milhões de hectares. No Amazonas, as terras do povo Yanomami, que faz fronteira com o estado de Roraima, são as mais ameaçadas e invadidas.

Os dados são da plataforma MapBiomas, destacando que dentre as categorias fundiárias as TIs estão entre as áreas mais protegidas, pois apenas 1,1 milhão de hectares desmatados recai sobre essas áreas, o que equivale a 1,6% de toda a perda de vegetação nativa nesse período.

Outro dado da plataforma destaca que a quase totalidade dos garimpos do Brasil, o equivalente a 93,7%, concentravam-se na Amazônia no ano de 2020. O mapeamento de áreas de mineração feito pelo MapBiomas, de 2010 a 2020, mostrou que a área ocupada pelo garimpo dentro de terras indígenas cresceu 495%.

As terras indígenas no Brasil ocupam 13,9% do território brasileiro e contêm 109,7 milhões de hectares de vegetação nativa. A perda de vegetação nativa no Brasil nos últimos 30 anos (1990-2020) foi de 69 milhões de hectares.

As maiores áreas de garimpo em terras indígenas estão em território Kayapó (7602 ha) e Munduruku (1592 ha), no Pará, e Yanomami (414 ha), no Amazonas e Roraima.
Nos últimos anos, o desmatamento detectado pelo DETER na Amazônia se acelerou em TI tendo se multiplicado por 1,7 na média dos três últimos anos quando comparado com a média de 2016 a 2018.

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