Edison Prola e Hebert Amorim foram os primeiros ouvidos pela subcomissão que analisa a cassação de Jalser Renier (SD). Fotos: divulgação

Já ocorreram as primeiras oitivas à subcomissão de ética da Assembleia Legislativa de Roraima, no caso Romano dos Anjos, em um processo de cassação contra o deputado Jalser Renier (SD), acusado de ser o mandante do sequestro e tortura do jornalista, em outubro de 2020.

Edison Prola, secretário de Segurança Pública do Estado, foi o primeiro ouvido. O secretário disse que Jalser Renier pediu a troca de delegado do caso, João Evangelista, porque este não seria “da confiança do então delegado-geral”, Hebert Amorim. Informou ao relator, deputado Jorge Everton (sem partido), que não atendeu ao pedido por não se tratar de sua competência e que só ouviu falar, mas não presenciou, nenhuma tentativa de interferência no caso por parte de Jalser.

Coronel Prola ainda relembrou que o governador confidenciou ter sido ameaçado de morte pelo deputado Jalser, mas também disse não ter presenciado a ameaça.

Na sequência, o então delegado-geral Hebert Amorim, disse que o cago não lhe dá acesso irrestrito aos autos, que os delegados não recebem influência alguma durante quaisquer investigações e não confirmou a solicitação de troca de delegado, por parte do parlamentar investigado.

“Na nossa atribuição tudo foi feito sem nenhum tipo de embaraço ou atropelo”, esquivou-se Amorim.

A superintendente de Recursos Humanos da Assembleia, Geórgia Briglia, também foi ouvida e não trouxe certezas ou pontos relevantes aos questionamentos da subcomissão de ética que debate a cassação de Jalser Renier. Geórgia confirmou a ligação dos militares apontados como executores dos crimes com aquela Casa e ao então presidente, Jalser, e também da vítima e de sua esposa, como servidores comissionados daquele Poder.

A defesa do parlamentar disse que não teve tempo hábil de acesso ao processo, para formular questionamentos, e, portanto, não iria intervir nas oitivas. O deputado manteve-se em plenário, ao lado do advogado, e já precisou ser contido por Jorge Everton três vezes por interrupção de falas das testemunhas.

Um segurança pessoal de Jalser, à época dos fatos, também foi ouvido pela comissão e disse não ter presenciado nada. As oitivas foram encerradas esta manhã após um desentendimento e troca de acusações entre o parlamentar investigado e o relator, Jorge Everton.

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