Foto: reprodução
Uma nova modalidade de golpes aplicados por estelionatários e que tem sido recorrente em Roraima, levou o diretor do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) da PCRR (Polícia Civil de Roraima), delegado Fernando Olegário, a fazer um alerta à população. De acordo com ele, tem crescido o número de B.O (Boletins de Ocorrências) que relatam golpes de estelionatários durante a compra de estacas de madeira para cercar terrenos.
Olegário explicou que para a prática do crime, os estelionatários têm se aproveitado das campanhas de regularização de terras que têm ocorrido no Estado.
“Como o Estado está regularizando terrenos, emitindo licenças ambientais, então aumentou a procura por estacas de madeira para cercar toda a propriedade e com isso surgiu essa modalidade de golpe”, afirmou.
O golpe
De acordo com o delegado, os criminosos têm agido entrando em contato com uma pessoa (identificada previamente por eles), que precisa de madeira para realizar a benfeitoria no seu terreno e oferece o serviço com facilidades, como a venda direto pelo WhatsApp, com entrega no local, além de um valor mais baixo que o praticado no comércio.
“Ele afirma que vai deixar na propriedade desde que seja adiantada alguma quantia pecuniária. Então ao adiantar a quantia, ele informa que o carregamento já saiu com a madeira em direção à propriedade e no meio do percurso ele faz uma outra ligação avisando que o pneu furou e que precisa de mais um adiantamento. Após esse segundo adiantamento ele não atende mais aos telefonemas dessa vítima”, relatou o diretor do DPJC.
Para ganhar credibilidade e tirar as dúvidas da vítima, conforme Fernando Olegário, os golpistas enviam fotos de uma carteira de habilitação categoria D, do suposto motorista que irá levar a carga, uma foto de um caminhão e fotos da madeira a ser entregue.
“Então é muito importante que o cidadão que queira e precise fazer essa benfeitoria no seu terreno, vá direto na madeireira comprar o material. Ele não fique achando que vai fazer um excelente negócio adquirindo essa madeira de um atravessador, que muitas vezes não tem nem nota fiscal, por que eles vão cair num golpe”, avaliou Olegário.
O delegado ressalta que o registro do B.O é fundamental para combater a prática.
“É importante que seja feito o registro do Boletim de Ocorrência, por mais que a quantia perdida não seja expressiva. Por que a Polícia Civil tem como rastrear a conta utilizada no golpe e chegar a autoria do crime e assim identificar e responsabilizar esses golpistas”, concluiu.

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