Rhaylene Rodrigues Ferreira, de 23 anos, deu entrada na maternidade neste sábado (09), e o fato ocorreu neste domingo (10). De acordo com familiares, o previsto era ser parto cesariano, o que não aconteceu e o bebê acabou vindo a óbito.
Para eles uma equipe médica do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth são os responsáveis, pois eles deram remédios para a paciente, na tentativa de forçar o parto normal.
A criança receberia o nome de Hadassa, e seria o terceiro filho da jovem e do seu marido Moisés Nascimento da Silva, 21 anos, que têm dois meninos.
Segundo a avó da bebê, Raimunda Alves do Nascimento, o parto que estava previsto seria uma cesárea. “Mas, o médico não deu importância para o parto que estava previsto e deu comprimidos para a Rhaylene, para que o bebê nascesse de parto normal, o que acabou matando a criança”, ressaltou.
Raimunda contou que o parto seria cesáreo, porque Rhaylene tem diabetes gestacional e pressão alta.
“Apesar desses problemas, minha nora se cuidou muito durante a gravidez. Ela fez todo o pré-natal e ainda teve acompanhamento com profissionais no Centro de Referência da Saúde da Mulher”, ressaltou.
O pai da menina, falou que a criança não morreu durante o parto. “A morte da minha filha deve ter ocorrido porque a equipe médica deu remédios para Rhaylene, para que o parto fosse normal. Como é que o parto seria cesáreo para evitar complicações, já que minha mulher tem diabetes e pressão alta, e o médico dar remédios para forçar um parto normal. E outra questão, ficamos sabendo que a bebê não estava encaixada para ser um parto normal”, disse.
“A morte da minha filha foi também por negligência médica. Quando estourou a bolsa e minha mulher sangrou bastante, a equipe disse que era normal e não prestaram o atendimento devido”, ressaltou o pai da criança. A família mora no bairro Operário. Um boletim de ocorrência foi registrado.
Ele continuou: “Esse será mais um caso e vai ficar por isso mesmo. Apenas iremos constar como mais um dado estatístico. Mas, o governo e a Sesau deveriam se preocupar com essa questão. São sonhos, são vidas, são seres humanos”, disse o pai, bastante emocionado.
SESAU
Por meio de nota a Secretaria de Saúde informou que a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth realiza em média 35 partos diariamente e dispõe de material e equipamento para atender todas as pacientes. Quando falta são substituídos por similares.
Informou também que não procede a denúncia de pacientes esperando anestesia para cesariana, e disse ainda que estão sendo seguidos os protocolos médicos adequados a todos os casos de parto dentro da Unidade.
