Foto: Agência Brasil

A taxa de desocupação em Roraima cresceu e passou de 10,6%, em maio, para 16,2%, em setembro, a terceira maior do país entre os estados, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) COVID19, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estatística experimental aponta para uma tendência de aumento também em nível nacional. Com o crescimento em quatro meses, o indicador roraimense permaneceu acima das taxas médias do país (14%) e do Norte (14,5%). Na região, a taxa de desocupação do estado foi a 2ª pior, atrás apenas da registrada no Amazonas (18,2%).

No mesmo período, o número de desocupados no estado – pessoas que estavam sem trabalho, mas tomaram alguma providência para tentar conseguir – passou de 24 mil, em maio, para 37 mil, no último mês, com um acréscimo de quase 13 mil pessoas nessa situação. No Brasil, o número chegou a 13,5 milhões de desocupados.

“Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, explicou a coordenadora nacional da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

Já o nível de ocupação roraimense – dado pela proporção entre o número de ocupados e a população em idade de trabalhar, ou seja, com 14 anos de idade ou mais – foi de 45,8% e permaneceu estável em comparação ao registrado em agosto (45,7%), mas teve queda em relação ao indicador de maio (48,5%). Em setembro, havia cerca de 192 mil ocupados no estado.

Entre os ocupados, a pesquisa também identificou um aumento expressivo no número médio de horas efetivamente trabalhadas, em todos os trabalhos, em Roraima, que saltou de 26 horas por semana, em maio, para 32 horas, em setembro. Essa alta foi acompanhada pelo valor do rendimento médio real efetivamente recebido em todos os trabalhos, que passou de R$ 1.855, no início do levantamento, para R$ 2.030, no último mês.

Por outro lado, o total de pessoas que não estavam ocupadas e que não procuraram trabalho, devido à pandemia ou por falta de oportunidade na localidade, mas que gostariam de trabalhar, tem apresentado queda, desde maio, quando contava com 64 mil pessoas. O contingente passou para 57 mil em setembro.

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