Foto: arquivo

Do presencial, ao virtual. Essa foi umas das mudanças mais desafiadores para o CHAME (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), da Assembleia Legislativa de Roraima, ao longo destes 11 anos de atuação em Roraima, celebrado hoje, dia 18 de agosto.

A instituição que recebia mulheres no prédio localizado na rua Coronel Pinto, nº 524, no Centro de Boa Vista, desde março passou a atender mulheres vítimas de violência exclusivamente por meio do ZapChame (98402-0502) durante o distanciamento social, necessário em função da pandemia da covid-19.

O Zap Chame já existia desde 2016, criado por iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, mas foi durante a pandemia que ele assumiu o protagonismo no combate à violência doméstica, mostrando que o uso da tecnologia veio para ficar.

A procuradora Especial da Mulher, deputada Lenir Rodrigues (Cidadania), enfatizou que mesmo a distância, o CHAME mantém a qualidade nos atendimentos. “No pós-pandemia faremos um novo planejamento para o CHAME e acreditamos que dentro das possibilidades, com os cuidados necessários e acrescentando mais esse atendimento virtual, é possível sim socorrermos as mulheres vítimas de violência familiar e aquelas mulheres vítimas de tráfico de pessoas por meio de instrumentos virtuais”.

Em 2019, foram realizados 848 atendimentos presenciais no CHAME. Dados da Procuradoria Especial da Mulher mostram que da segunda quinzena de março até a primeira semana de agosto deste ano, foram mais de 400 atendimentos pelo Zap Chame. As demandas são recebidas por técnicas capacitadas para atendimento humanizado. As atendidas recebem orientações e informações sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) e onde procurar ajuda.

O CHAME foi criado em 2009 pela Resolução nº 001/10. Em mais de uma década de atuação no Estado, a instituição oferece à população atendimento preventivo, educacional e multidisciplinar, seja na capital e no interior. Essas ações são realizadas com apoio de parceiros que acreditam no trabalho do CHAME e colaboram com o intuito de reduzir os índices deste tipo de violência no Estado.

PREVENÇÃO

Além do Zap Chame, outros seis projetos desenvolvidos pelo programa da Assembleia Legislativa voltarão depois do distanciamento social: o Papo Reto – direcionado a estudantes de escolas públicas com abordagem sobre os tipos de violência doméstica; Mulheres Iluminadas – voltada às mulheres evangélicas; Capacitação Geral – instrução de membros das comunidades indígenas sobre legislação de combate a violência contra a mulher; De Olho Nelas – aos profissionais de saúde; Momento CHAME, para divulgar e sensibilizar a população sobre as atribuições do Centro; e A Vida Pede Passagem –, focado em militares.

A coordenadora do CHAME, Elizabete Brito, enfatiza que as mulheres estão mais fortalecidas para denunciar maus tratos e ações que violem os direitos. “Além do nosso atendimento diário, trabalhamos com prevenção, pois são vários projetos voltados às escolas, às igrejas, às comunidades indígenas, para informar essas mulheres no que é a violência, como romper esse ciclo da violência”.

O Centro Humanitário de Apoio à Mulher está localizado na rua Coronel Pinto, nº 524, no Centro de Boa Vista. Mas com a pandemia, os atendimentos são feitos pelo Zap Chame (98402-0502) todos os dias da semana, 24h, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

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