A situação é crítica tantos nas unidades de saúde do Município quanto nos hospitais do Estado, mas a prefeita Teresa Surita (MDB) e seu mentor e mestre, o ex-senador Romero Jucá (MDB), só enxergam os problemas do governo. É como se os postos de saúde estivessem funcionando às mil maravilhas.
Muitos que não estão conseguindo atendimento na Capital estão se dirigindo para cidades vizinhas a fim de realizar testes rápidos e pegar remédios. Esta é a única forma de driblar a falta de estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a pessoa chega a ser até bem atendida, mas saem sem realizar o exame e sem qualquer medicação.
No Hospital Geral de Roraima (HGR) são vários os casos de pessoas mandadas embora para morrer em casa, por falta de respiradores ou até mesmo de leito. É um quadro aterrador em que as UBS deveriam estar cumprindo com o seu papel de oferecer atendimento básico para impedir que o paciente piore.
Teresa e Jucá deveriam envergonhar-se de não terem equipado a saúde de Boa Vista para se tornar exemplo, uma vez que a prefeita mesma reconhece que moramos numa Capital que tem a população de um bairro de um grande centro.
Mas ela e seu mentor e mestre prepararam a cidade para o belo, para a estética, onde grandes empresas ganharam e ganham muita grana para reformar praças, planta e regrar gramas e flores, além de podar árvores. E agora apontam o dedo para a desgraça do Estado sem olhar o próprio rabo.
Teresa e seu mentor e mestre sequer conseguiram equipar os postos de saúde para a nova demanda que surgiu com a migração desordenada, não porque se tratou de algo repetindo e inesperado, mas porque nunca houve um planejamento para tornar Boa Vista uma cidade bem aparelhada na saúde. O que sempre importou foi trabalhar a aparência para beneficiar grandes empreiteiras.
Hoje a população roraimense paga o preço amargo de um sistema de saúde falido, seja o municipal, por falta de interesse mesmo do grupo político de Teresa e Jucá, seja o estadual, carcomido pela corrupção de longas datas. A população contabiliza as estatísticas e chora seus entes queridos.
O que se espera é que esse momento de dor não seja superado pela falta de memória que costuma acometer a população em períodos eleitorais…
*Colunista
